As Vítimas Mortais da Tempestade que Causou o Caos no País - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 21 de dezembro de 2019

As Vítimas Mortais da Tempestade que Causou o Caos no País


A depressão "Elsa" espalhou o pânico em Portugal. Derrocadas arrastaram um funcionário da Câmara para o rio Paiva e esmagaram um anexo onde um reformado estava a tratar do fumeiro. No Montijo, um homem perdeu a vida quando uma árvore caiu em cima do camião que conduzia.

Mário Pinto, 71 anos, é o vizinho da última desgraça de Castro Daire. Anteontem ao início da noite, em Ribolhos, ouviu um barulho entre a tempestade mas não ligou. Se tivesse vindo à janela, o reformado ainda teria notado o aparato do acidente que poderá ter vitimado o antigo colega da Câmara, António Pereira, arrastado para o rio Paiva.

O operador de máquinas, de 56 anos, preparava-se para limpar com um "Caterpillar" a EN2, onde tinha caído uma barreira, quando foi surpreendido por uma avalancha de terra e pedras que deslizaram do "caminho romano" e o levaram com a máquina pela encosta de 70 metros até ao rio carregado de água. Com tanta, e tão forte corrente, que ontem as equipas de elite de montanha e mergulhadores dos bombeiros não conseguiram avançar com as buscas na água.

A operação foi suspensa às 17.30 horas e será retomada este sábado, revelou o comandante operacional distrital de Viseu. Miguel David acrescentou que as condições de instabilidade provocadas pelo mau tempo deverão manter-se até amanhã, dando a entender que até lá dificilmente os mergulhadores irão à água. A vigilância irá manter-se ao longo das margens do Paiva.

Preso em casa

O destino prega partidas de morte mas nem sempre com raízes. A uma dezena de quilómetros de Ribolhos, na aldeia de Codeçais, Dimas Monteiro, irmão do homem que tinha falecido horas antes soterrado dentro de casa devido a uma avalancha, pensa que foi António Pereira que andou com o "Caterpillar" a abrir caminho até chegar ao corpo do irmão Arménio antes de ter ido parar ao rio. Mas não, foi outro operador de máquinas da Câmara. É normal a confusão perante a tragédia da véspera. Foi Dimas quem deu o alerta quando regressava com o rebanho à aldeia.

A pequena casa de pedra nunca foi habitada, era um arrumo da habitação principal que fica na mesma rua, e nesta altura apenas tinha o fumeiro. E foi para fazer uma fogueira para os salpicões que Arménio entrou na casa de onde já não saiu vivo. O ex-funcionário da Câmara de Lisboa, de 61 anos, tinha regressado à aldeia há cinco anos para gozar a reforma.

Motoristas que faleceu morava no Pinhal Novo

Luís Pinto, o motorista que anteontem perdeu a vida quando uma árvore de grande porte esmagou a cabina do camião que conduzia em Canha, Montijo, residia na localidade do Pinhal Novo, Palmela. O homem, de 52 anos, era natural de Setúbal e deixa dois filhos maiores de idade. O acidente ocorreu na EN10, às 15.55 horas, quando Luís conduzia um camião de transporte de ração com matrícula espanhola. O pinheiro que atingiu a cabina encontrava-se na berma do sentido inverso e foi derrubado pelo vento.

Fonte: JN

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