Há Menos Bombeiros e Estão Mal Distribuídos Pelo País - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Há Menos Bombeiros e Estão Mal Distribuídos Pelo País


Um grupo de especialistas nomeado pelo Parlamento entregou esta quarta-feira o relatório do seu trabalho no qual se mostra que, em 24 anos, o país perdeu mais de cinco mil bombeiros, se defende que os bombeiros estão mal distribuídos pelo país e se propõe melhorar a rapidez no primeiro ataque aos fogos.

Em julho de 2018, o parlamento decidiu constituir um organismo que junta dez especialistas, o Observatório Técnico Independente, para avaliar a questão dos incêndios e para apresentar recomendações ao governo.

Esta quarta-feira, esta entidade entregou o seu primeiro relatório a Ferro Rodrigues. Dele fazem parte dados como uma diminuição do número de bombeiros em Portugal. Nos últimos 24 anos, o país perdeu 5360 bombeiros, 16,6% do número total. Nas áreas metropolitanas, esta descida do número de efetivos é mais sentida. Em Lisboa, havia 4708 bombeiros em 1995. Este ano, há 3494. No distrito do Porto, havia 4794 operacionais em 1995, que foram reduzidos para 3494.

Para além do número de bombeiros a atuar no país, o OTI levanta também questões como a distribuição geográfica dos efetivos e a necessidade de um primeiro ataque mais rápido aos fogos.

A distribuição dos bombeiros tem tendência a acompanhar a distribuição da população e, por isso, em zonas com menos densidade populacional, há problemas nas respostas aos incêndios.

Segundo os peritos, as equipas de intervenção permanente são insuficientes e não cobrem a totalidade do país, defendendo-se “a necessidade de celebração de contratualização plurianual entre o Estado e as associações humanitárias de bombeiros para definir de forma realista os respectivos direitos e deveres no âmbito dos incêndios florestais”.

Do retrato das corporações de bombeiros no país, constata-se que a maior parte são de voluntários, que nos distritos das grandes cidades há ainda bombeiros sapadores e noutros, como Santarém, Faro, Coimbra, Leiria, Viana do Castelo ou Viseu, há bombeiros municipais. Apenas um concelho, Castro Marim, não tem corpo de bombeiros.

Os sapadores florestais são considerados um complemento importante ao trabalho dos bombeiros, apesar de estarem ainda em falta em várias zonas do país.

Os autores consideram ainda que seria necessário uma intervenção “em menos de 20 minutos” nos incêndios rurais de forma a impedir que escalem. Contudo, a rapidez “é muito variável” em diferentes zonas.

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