Veio a público uma notícia de que o governo está a discutir o futuro do voluntariado nos bombeiros, com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), excluindo desse debate as suas associações de classe.
Qualquer negociação ou decisão sobre o futuro dos bombeiros, dos voluntários, mas também dos que sendo profissionais das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários prestam igualmente voluntariado, que não inclua as associações de classe, nomeadamente a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários (APBV) e a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP), está condenado ao fracasso e ao continuo definhamento desta nobre atividade.
Se dúvidas houvesse, veja-se a continua perda de autonomia técnica-operacional tal como refere o relatório do Observatório Técnico Independente recentemente publicado que refere que nas ultimas duas décadas os Bombeiros Portugueses perderam mais de cinco mil operacionais e por outro lado a autonomia financeira, onde a LBP, digna Confederação representante das Associações Humanitárias, dá mais enfase e importância às verbas transferidas para o seu próprio funcionamento do que os seguros miseráveis dos bombeiros voluntários e a assistência ao bombeiro ferido ou incapacitado.
A destruição do Estatuto Social de Proteção do Bombeiro, a inexistência de carreiras funcionais e salariais para os profissionais das Associações Humanitárias e o continuo desrespeito pelos bombeiros, diz-nos que estamos certos nesta análise.
A APBV espera que o governo reúna com as associações de classe e de forma partilhada e responsável, analisemos em conjunto e encontremos as respostas que o sector anseia há demasiado tempo, para que tal aconteça a Direção da APBV enviou ontem dia
13 de Novembro de 2019 um oficio ao Sr. Ministro da Administração Interna de modo a que seja dada voz aos Bombeiros no que diz respeito ao seu FUTURO!
Da nossa parte temos o trabalho de casa feito e o afastamento deliberado do debate terá sempre um efeito contrário ao que esperam os decisores do costume, podendo passar por extremar algumas posições que foram sempre de consenso.
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