A intervenção do Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, Comandante António Carvalho, foi particularmente dura para com a ANEPC, tendo afirmado, “como contraste, (aos apoios da Câmara Municipal de Cascais) temos a forma como os bombeiros são tratados pelo poder central, através de quem os tutela, a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.
Inacreditável e vergonhoso o que se tem passado nos últimos tempos.
Não basta declarações de grande admiração e honra perante os Bombeiros Portugueses!
Não basta afirmar que os Bombeiros são a espinha dorsal da protecção civil!
Na prática não é isto que infelizmente podemos constatar!
Seremos mais, o esqueleto da proteção civil!
Pois enquanto outros comem a carne para os bombeiros sobram os ossos!
Veja-se por exemplo o que se passa com os famigerados apoios ao voluntariado.
Com pompa e circunstância foi anunciado um conjunto de incentivos … sendo o mais badalado o apoio para as creches e infantários dos filhos dos nossos bombeiros! Passados tantos meses nada de nada! Nem o Regulamento ainda está aprovado!
E sobre isto, mais uma vez legislaram uma coisa diferente daquilo que se anuncia! Afinal, apenas alargaram o âmbito dos apoios às creches, porque o valor máximo mantém-se o mesmo e é cumulativo com o apoio para as propinas e outros incentivos.
Vergonhoso!
E por falar em vergonha ou a falta dela, nem sequer me vou pronunciar sobre o propalado investimento na aquisição dos equipamentos de protecção individual, (finalmente ao fim de 5 anos) exclusivamente para os incêndios rurais e pelos valores anunciados, dará um equipamento por cada bombeiro.
Mas a prova maior de como respeitam e retribuem todo o esforço, dedicação e disponibilidade para todos aqueles que anualmente se entregam ao dispositivo de combate aos incêndios rurais, é uma repetição de situações anteriores!
Termina o DECIR e a ANEPC não cumpre com a sua obrigação de liquidar atempadamente os míseros euros que são devidos aos bombeiros, que no último mês integraram o dispositivo.
Então mas o valor não estava previsto, cabimentado e disponível no orçamento da ANEPC?
Será mais uma cativação do Ministérios da Finanças? Ou simplesmente o desrespeito por todos quantos dão tudo sem nada pedir em troca?”
Esta intervenção obteve uma reacção do Senhor Comandante Nacional da ANEPC, que na sua intervenção, além de dar razão à indignação do Presidente da Federação, se comprometeu a ser porta voz desta posição aos responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.
Foto: Sérgio Santos | FBDL
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