Autoridades averiguam indícios de luvas em negócios prejudiciais ao Estado no programa Aldeia Segura. Secretário de Estado, alvo de buscas em casa e no gabinete, demitiu-se depois de ter sido constituído arguido.
São cerca de dois milhões de euros de contratos suspeitos em programas de prevenção e alerta contra incêndios que levaram, na quarta-feira, o Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) a realizar meia centena de buscas no Ministério da Administração Interna (MAI), na Secretaria de Estado da Proteção Civil, na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e em comandos distritais de operações de socorro, além das casas dos suspeitos.
Na mira das autoridades estão indícios de negociatas entre fornecedores do material de prevenção e sensibilização - caso das golas antifumo, denunciado pelo JN - e altos responsáveis da Proteção Civil e do Estado. O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, demitiu-se ao ser alvo de buscas em casa e no seu gabinete, e constituído arguido. Não será o único.
Em causa estão os programas Aldeia Segura, Pessoas Seguras e Rede Automática de Avisos à População, existindo suspeitas de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio e corrupção. Há suspeitas de intervenientes diretos ou indiretos no processo de contratação terem recebido luvas. Daí terem sido alvo de buscas da PJ.
Fonte: JN
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