O Tribunal de Contas fez um relatório demolidor que destaca a falta de transparência no pagamento de ordenados aos funcionários da Proteção Civil que recebem através da Escola Nacional de Bombeiros.
O Investigação CM desta terça-feira teve acesso a documentos que levantam a hipótese de trabalho precário encapotado e a dados exclusivos que mostram não haver controlo no destino final do dinheiro.
A Escola Nacional de Bombeiros está a ser fiscalizada pela Autoridade Nacional da Proteção Civil. Em causa estão transferências milionárias de vários milhões de euros e a aplicação de fundos em destinos diferentes do objeto principal da Escola: a formação de bombeiros.
O prazo para a conclusão do relatório da auditoria terminou a 31 de Março e a não divulgação dos resultados está a ser alvo de críticas duras. Há diferentes suspeitas em torno da atividade da Escola Nacional de Bombeiros, começando pela forma como é gerida.
A Escola Nacional de Bombeiros é propriedade da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Foi na sequência de um relatório alarmante do Banco de Portugal, documento que aponta falhas graves à escola de formação, que o presidente da Autoridade Nacional de Proteção civil, o tenente-coronel Mourato Nunes, mandou instaurar uma inspeção. Ainda assim, a inércia de vários anos conduz a acusações duras.
O mal estar causado pelo atraso da representação dos resultados da auditoria à Escola Nacional de Bombeiros é evidente. A Autoridade Nacional de Proteção civil, a Liga dos Bombeiros Portugueses e a Escola Nacional de Bombeiros foram questionadas pela CMTV sobre esta temática e não foi obtida qualquer explicação.
Fonte: Correio da Manhã
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