Novo Balanço Aponta para 30 Feridos nos Incêndios no Centro do País - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 21 de julho de 2019

Novo Balanço Aponta para 30 Feridos nos Incêndios no Centro do País


Quatro focos de incêndio que deflagraram em 20 minutos numa linha praticamente reta estão a deixar bombeiros e aldeãos sem mãos a medir na Sertã, Vila de Rei e Oleiros, no distrito de Castelo Branco, e em Mação (Santarém). A aldeia de Cardigos, no concelho de Mação, foi evacuada, assim como a praia fluvial, devido às chamas "impossíveis de parar" e "desmultiplicadas em várias frentes". Uma das aldeias do concelho consumida pelas chamas está sem luz. 

O incêndio já provocou ferimentos a oito bombeiros e a 12 civis. Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, confirmou que dos 20 feridos apenas um dos civis se encontra na unidade de queimados do Hospital de São José, em Lisboa. Os restantes são todos feridos ligeiros, sobretudo devido a "inalação de fumos e entorses", referiu.

Ao início da manhã deste domingo cerca de 1600 operacionais combatiam o fogo que lavra nos vários concelhos de Castelo Branco e em Mação, Santarém. Por volta das 10h00, 16 meios aéreos foram acionados para o local.

Apesar da evolução favorável no combate (às 08h00 60% do perímetro estava dominado), o comandante do Agrupamento Centro Sul salientou que vai ser "uma tarde de intenso trabalho" e, com o agravar dos indicadores meteorológicos, os meios no terreno vão ser postos "à prova".

Luís Belo Costa deu ainda conta de que a prioridade dos meios de socorro é a de garantir que as habitações sejam protegidas, principalmente no concelho de Vila de Rei, onde o fogo já percorreu 25 quilómetros.

Em resposta aos jornalistas, o comandante deixou ainda claro que não se registaram falhas na comunicação SIRESP. Não há registo de casas totalmente ardidas, apesar de terem sido várias as habitações e povoações evacuadas durante a noite. As chamas estão ainda a obrigar ao corte da Estrada Nacional 348, uma via que faz a ligação entre os concelhos de Mação e Vila de Rei.

A meio da tarde deste domingo, as chamas ainda mostram resistências, com o registo de vários reacendimentos e aproximação de aldeias. Em Casas da Ribeira, Mação, os populares juntaram-se aos bombeiros numa tentativa de tentar apagar as chamas que se aproximavam das casas.

"Foram horas muito complicadas"
Ao início da noite de sábado havia pânico em Várzeas e Vale da Urra (Vila de Rei). As chamas galgaram e já teriam atingido anexos e populares travaram "o fogo já nas hortas". Um morador ficou queimado. A dona de um aviário foi procurada pela GNR. Estaria refugiada numa associação local.

O incêndio que mobilizou mais meios começou às 14h50, em Fundada, Vila de Rei. Foram mais de 500 bombeiros, apoiados por mais de 150 viaturas e quatro meios aéreos. À mesma hora, em Rolã, Sertã, outro incêndio mobilizou mais de 270 homens e nove meios aéreos. Foi aqui que ficaram feridos os bombeiros. As casas estiveram ameaçadas pelas chamas e o pânico tomou conta dos habitantes. Os populares, com mangueiras e máquinas, ajudaram como puderam. Até a água de uma piscina serviu para ajudar a controlar a fúria das chamas. 

"Foram horas muito complicadas. O fogo chegou por vários lados e rodeou a aldeia. A mim parece-me que foi fogo posto", disse ao CM um habitante da aldeia de Castanheiro Grande, Sertã. O dia foi de muito calor com rajadas de vento a soprarem a quase 50 quilómetros por hora. 

Às 15h01 e 15h11 surgiam novos alertas para as aldeias da Catadinha (Sertã) e da Azinheira (Oleiros), o que obrigou a distribuir os meios disponíveis por vários locais diferentes e a pedir reforços a outros distritos.

Fonte: Correio da Manhã

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