O Presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Esteves, louvou, na quinta-feira, "a intervenção pronta e profissional" dos bombeiros no incêndio que destruiu uma fábrica de madeiras naquele concelho.
Segundo o autarca, a rapidez de ação e de mobilização de grande quantidade de meios, conseguida pelo Comando Operacional Distrital (CODIS) "evitaram uma grande tragédia" na zona industrial de Padreiro.
"A Câmara só tem a agradecer a todos os que prestaram apoio e estiveram envolvidos nas operações porque evitaram uma tragédia de muito maiores proporções. Aquela é uma zona industrial com muitas fábricas e mesmo ao lado da que ardeu há três e uma creche para os filhos dos trabalhadores. A intervenção pronta e profissional, impediu que o fogo se propagasse", declarou João Esteves ao Jornal de Notícias, louvando o desempenho "do comandante distrital (Marco Domingues) e a sua grande capacidade de meios" para Arcos de Valdevez.
O autarca adianta que a unidade industrial de transformação de madeira destruída pelo incêndio pertence a uma família daquele concelho. "Trabalhavam lá 10 pessoas, entre as quais vários elementos da mesma família. A fábrica labora há cerca de 10 anos na zona industrial", disse.
O alerta para o incêndio foi dado por um bombeiro da corporação de Arcos de Valdevez, que circulava no I28 e avistou fumo na zona industrial cerca das 20.50 horas.
"Fomos rápidos a sair do quartel mas quando chegamos estava a fábrica toda tomada", contou o comandante dos Bombeiros de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, referindo que "a fábrica tinha muita madeira empilhada, pilhas de cinco e seis metros de altura", da qual resultaram resíduos a ser removidos com recurso a duas máquinas acionadas pela Proteção Civil de Arcos de Valdevez.
O fogo que destruiu totalmente a unidade industrial familiar, foi dominado cerca das 1.00 horas, cerca de quatro horas do seu início, e entrou em rescaldo às 4.16 horas. Esta manhã encontram-se no local, 25 bombeiros com nove veículos dos Bombeiros de Arcos de Valdevez e Beato (equipa de reforço que se encontra a dar apoio no distrito de Viana durante o período crítico de incêndios)
A operação de combate ao incêndio, que acabou por ficar confinado às paredes da fabrica onde deflagrou, chegou a mobilizar durante a noite 130 operacionais de 14 corporações de bombeiros do Norte e GNR.
Uma bombeira sofreu ferimentos ligeiros (entorse) durante os trabalhos. Estiveram no local meios das corporações de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Caminha, Melgaço, Viana do Castelo (sapadores e voluntários), Ponte de Lima, Riba d'Ave, Amares, Vila Nova de Famalicão, Famalicences, Taipas, Póvoa de Lanhoso e Beato.
O contingente foi reforçado com um grupo de Braga com três plataformas, quatro veículos tanque de grande capacidade e uma mota bomba de grande capacidade rebocada. Deram apoio às operações sete patrulhas da GNR com 15 elementos.
Marco Domingues, primeiro CODIS do distrito de Viana do Castelo, considerou que "a primeira intervenção foi determinante para a não propagação do fogo às fábricas adjacentes". "Tratando-se de um material altamente combustível, a rápida propagação das chamas, quando os meios cá chegaram o edifício estava todo tomado com grande intensidade de fogo", disse de madrugada, prevendo que as operações de consolidação se prolonguem por todo o dia de hoje.
Fonte: JN
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