INEM leva oito minutos a responder chamadas que deviam ser atendidas em sete segundos - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 1 de julho de 2019

INEM leva oito minutos a responder chamadas que deviam ser atendidas em sete segundos


Durante o mês de junho, as chamadas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que deviam demorar sete segundos a serem atendidas, levaram em média seis e oito minutos a serem respondidas. Para além da demora, perderam-se quase dez mil chamadas e só metade foram recuperadas.

Dados internos no INEM obtidos pelo Jornal de Notícias revelaram graves carências de recursos humanos nos sistemas de resposta a emergências.

É dado como exemplo o caso do dia 21 de Junho, sexta-feira a seguir ao feriado de Corpo de Deus, em que os técnicos do INEM demoraram em média seis minutos a atenderem as chamadas transferidas pela central 112. No dia 24, feriado de S. João no Porto, o tempo de atendimento chegou aos oito minutos.

“Picos de serviço” e “situações absolutamente pontuais” foram as justificações que o INEM deu ao JN. No entanto, foi revelado que houve mais dificuldades de resposta durante o mês de junho.

No dia 2 de junho, os três CODU (Porto, Coimbra e Lisboa, demoraram em média 3.6 minutos a atenderem e 1716 chamadas foram desligadas. O INEM apenas recuperou 28% das chamadas pelo sistema “call-back”.

Entre os dias 2 e 24 de junho, das 89 215 chamadas atendidas, 9805 foram desligadas antes do operador atender e apenas 49% foram recuperadas. Sobre as restantes 51% ninguém sabe a finalidade que tinham.

Questionado sobre como irá ser o mês de agosto, o INEM disse ao JN que "as escalas estarão tão completas quanto possível" e lembrou a recente autorização do Governo que permite aos trabalhadores realizarem trabalho suplementar até 80% da sua remuneração-base".

Rui Lázaro, vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), revela-se preocupado com o défice de mais de 200 técnicos de emergência pré-hospitalar e alerta que as escolas de julho já indicam problemas.

Para Rui Lázaro, além da escassez de TEPH, há uma insatisfação crescente nos profissionais com um recente esquema de horários, que está a aumentar a indisponibilidade dos técnicos para realizarem horas extraordinárias.

Fonte: Renascença

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