As associações de caçadores do Algarve "têm cada vez mais um papel fulcral" na deteção e na primeira intervenção no combate aos incêndios florestais, defendeu hoje o comandante distrital da Proteção Civil de Faro.
"São pessoas que conhecem e andam no terreno e, por isso, desempenham um papel fundamental na vigilância, redução dos riscos de ignição e de progressão de incêndios", disse à agência Lusa Vítor Vaz Pinto, comandante operacional distrital da Proteção Civil do Algarve.
O responsável participou hoje na entrega de dois 'kit' de primeira intervenção em incêndios florestais à Associação de Caçadores e Pescadores do concelho de Albufeira, constituídos por extintores de pó químico, uma motobomba automática portátil, mangueira e duas agulhetas de caudal regulável e um reservatório em plástico reforçado com capacidade para 1.000 e 600 litros de água, respetivamente.
"É material de fácil manuseamento e que pode ser fulcral no combate a pequenos focos de incêndio, evitando que se transformem em grandes fogos", sublinhou Vítor Vaz Pinto.
Os equipamentos, instalados em dois veículos ligeiros de mercadorias, foram adquiridos pela Câmara de Albufeira e oferecidos à associação de caçadores local, num investimento de cerca de seis mil euros.
Para o presidente da Câmara de Albufeira, João Carlos Rolo, "o investimento é insignificante, dada a importância que tem para a primeira intervenção no combate aos fogos em zonas florestais".
"Enquanto se deslocam pelas zonas florestais a alimentar as espécies cinegéticas, os caçadores desempenham um papel de extrema importância enquanto vigilantes da natureza, contribuindo para evitar grandes fogos na floresta", sublinhou o autarca.
Por seu turno, o presidente da Associação de Caçadores e Pescadores de Albufeira, João Arez, indicou que os equipamentos "são extremamente úteis na fase inicial e também no rescaldo dos fogos, para a qual os caçadores estão motivados, no sentido de preservar a floresta".
"Temos um funcionário a tempo inteiro que se desloca pelos terrenos para alimentar os animais e que com este material fica equipado para intervir e evitar que os pequenos fogos se transformem em grandes incêndios", destacou.
Segundo o responsável, a associação de caçadores cobre "uma vasta área de cerca de dez mil hectares, que fica agora mais protegida".
"Este material permite que tenhamos água com pressão, o que não acontecia anteriormente, para podermos atacar os pequenos focos de incêndios durante a época crítica dos incêndios", concluiu.
Fonte: Diário de Noticias
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