Bombeiros de Cuba Fecham Quartel e Suspendem Socorro à População - VIDA DE BOMBEIRO

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Bombeiros de Cuba Fecham Quartel e Suspendem Socorro à População


A falta de efetivos levou o comandante do Corpo de Bombeiros de Cuba a suspender o socorro à população e a mobilização a qualquer acidente ou incêndio, no período entre as 20 horas às 7 horas de quarta para quinta-feira e de quinta para sexta-feira.

A tomada de posição do Corpo de Bombeiros vai prolongar-se durante o fim-de-semana, entre as 20 horas de sexta-feira e as 7 horas de segunda-feira.

Ao início da noite desta quarta-feira, foi publicado na página do facebook da corporação um comunicado, assinado pelo comandante, José Galinha, avisando a população de que este "não dispõe de recursos para responder a solicitações que lhe sejam endereçadas", justificando que tal se deve "ao abandono a que os órgãos dirigentes deixaram a associação, a situação agudizou-se e atingiu uma dimensão insustentável".

José Galinha disse ao JN que "em causa está o facto de muitos homens terem apresentado inatividade, por falta de respostas da direção, em diversos capítulos, e que coloca em causa a falta de uma escala de serviço que garanta o socorro às populações". Acrescentou ainda que "os operacionais foram saindo e que restam dezasseis voluntários, metade são funcionários. Há quatro condutores, um deles é o próprio comandante", concluiu.

Ouvido pelo JN, o comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), Tenente-coronel Vítor Cabrita, assegurou que através do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), "nas ocorrências que se registem no concelho de Cuba, o socorro será assegurado por corpos de bombeiros dos concelhos vizinhos", sendo o mesmo garantido pelas corporações de Beja, Alvito e Vidigueira.

Na noite de terça-feira realizou-se uma reunião entre João Português, presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Cuba, em gestão desde setembro do ano passado e, o comandante dos BVC, visando ultrapassar a situação de crise, mas somente resultou que o socorro às populações fosse assegurando durante o dia de hoje. Segundo apurou o JN, João Português, que é também o presidente da Câmara Municipal, ordenou que os funcionários da corporação que são bombeiros, se apresentassem ao serviço na manhã desta quarta-feira.

José Roque, presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG), justificou que "o Corpo Ativo está contra a Direção. Fez chantagem com a ameaça de encerrar a corporação" justificando que "viram notícias em associações do Norte, onde houve revoltas e, querem fazer o mesmo em Cuba", reconhecendo que "a razão assiste às duas partes", rematou.

O presidente da MAG, foi mais longe ao afirmar que não se deve "fazer uma tragédia de uma situação que se pretende resolvida com bom senso", reconhecendo que o caso "é dramática e inacreditável", rematou. A situação nos Bombeiros de Cuba, atingiu tal gravidade que no segundo ato eleitoral convocado para o passado dia 2 de abril, não apareceu qualquer lista e já levou o presidente da MAG, a convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para a próxima sexta-feira para debater a: "Atual situação do Corpo Ativo" e, procurar respostas para o: "Compromisso de socorro à população" e o "Dispositivo de combate a incêndio".

No último dos seis pontos do comunicado hoje emito, os operacionais dos BVC asseguram que "é nosso desejo que esta situação volte à normalidade com a maior brevidade, para bem da população que orgulhosamente servimos", citámos.

Fonte: JN

Sem comentários:

Enviar um comentário