Ruptura de Combustível nos Bombeiros “Pode Acontecer” - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Ruptura de Combustível nos Bombeiros “Pode Acontecer”


O Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirma que ainda não houve relatos de situações de ruptura no abastecimento de combustíveis porque a “greve é ainda muito recente”, mas não afasta essa hipótese.

Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses não afasta a possibilidade de ruptura nos combustíveis – uma hipótese admitida pelo Governo – como resultado da greve convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), iniciada nesta segunda-feira.

A greve, que se irá prolongar por tempo indeterminado, ainda não afectou os quartéis portugueses, mas Jaime Marta Soares admite que isso ainda “pode vir a acontecer”. Contactado pelo PÚBLICO, o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses afirma que ainda não houve relatos de situações de ruptura no abastecimento de combustíveis, mas salvaguarda que a “greve é ainda muito recente, não deu para nos apercebermos” de uma possível ruptura.

Marta Soares afirma ainda que os Bombeiros não puderam precaver-se porque não têm “estruturas que permitam acumular combustível”.

Os bombeiros são uma das estruturas que poderão ser afectadas por esta greve, de acordo com um comunicado emitido esta terça-feira pelo Conselho de Ministros: “A greve em curso afecta o abastecimento de combustíveis aos aeroportos, bombeiros e portos, bem como o abastecimento de combustíveis às empresas de transportes públicos e aos postos de abastecimento da grande Lisboa e do grande Porto”.

Os aeroportos de Faro e Lisboa podem ser afectados pela greve, afirma a Agência Nacional de Aviação (ANA) ao PÚBLICO. Em Faro já não há combustível e em Lisboa o abastecimento poderá ser interrompido pelas 12h desta terça-feira, de acordo com as previsões da ANA. Alguns voos podem estar comprometidos.

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) exigiu o cumprimento de serviços mínimos. Entre eles está o abastecimento de “hospitais, bases aéreas, bombeiros, portos e aeroportos” e ainda a garantia de que 40% dos “postos da grande Lisboa e do grande Porto" estão abastecidos com combustível. Mas o sindicato do sector afirma que não há como garantir que esta última percentagem é respeitada.

A greve arrancou às 00h da segunda-feira passada e registou uma “adesão de 100%” de acordo com o vice-presidente do sindicato, Pedro Pardal Henriques. Os motoristas de matérias perigosas pedem o reconhecimento da categoria profissional e uma revisão salarial.

Nesta terça-feira o Governo decretou uma requisição civil de motoristas de matérias perigosas, para obrigar estes trabalhadores a cumprir os serviços mínimos fixados pelo Ministério do Trabalho e que, segundo o Governo, não estão a ser respeitados.

Fonte: Publico

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