Depois de várias semanas sobre pressão dos bombeiros para que se demitisse, a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Lourosa apresentou a sua demissão em bloco. Para os bombeiros contestatários trata-se de "uma jogada" e vão continuar inoperacionais.
"A direção chegou à conclusão que não vale a pena continuar a trabalhar com gente ingrata e insensata que não se importou de conspurcar na praça pública o bom nome da Associação e de todos aqueles que, ao longo dos anos, a serviram, depois de democraticamente eleitos pelos sócios", justificam, em comunicado, os diretores demissionários.
Esta posição surge em consequência do conflito que decorre desde março, depois de a direção ter decidido não reconduzir dois elementos do comando e 52 bombeiros terem apresentado a sua inatividade como forma de protesto.
Os diretores demissionários dizem sentir "mágoa" por não concretizarem alguns dos seus objetivos propostos mas, "com o sentido do dever cumprido e com muita obra feita".
O comandante interino, Fernando Oliveira, confirmou ao JN que, apesar da demissão da direção, "a luta vai continuar".
O operacional explica que esta demissão é "uma jogada", para "se manterem em funções até às novas eleições".
Diz que os bombeiros só abandonarão o protesto quando "for anexado um edital no quartel dizendo que eles já não fazem parte da direção dos bombeiros". "Não os aceitamos numa comissão de gestão transitória".
Alerta para o facto de "o socorro continuar em causa" pela falta dos 52 operacionais. "É dado, mas de forma tardia", precisou.
Fonte: JN
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