Incêndios: Mais de Dois Mil Fogos desde o Início do Ano - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 28 de março de 2019

Incêndios: Mais de Dois Mil Fogos desde o Início do Ano


Mais de dois mil incêndios rurais registaram-se este ano, tendo ocorrido o maior número de fogos nos distritos do Porto e de Vila Real, avançou hoje à Lusa a Proteção Civil.

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), ocorreram em Portugal continental 2.045 incêndios rurais desde 01 de janeiro.

A ANPC indica que o distrito com maior número de ocorrências de fogo foi o Porto, com o 266, seguido de Vila Real (260), Viseu (242), Braga (241), Viana do Castelo (190), Aveiro (136) e Lisboa (132).

Por sua vez, os distritos com menor número de fogos rurais foram Portalegre (17) e Évora (21).

A ANPC refere ainda que se registaram 88 incêndios em Leiria, 82 em Santarém, 74 na Guarda, 59 em Faro, 67 em Bragança, 57 em Coimbra, 42 em Beja e 34 em Castelo Branco.

GNR com registo de mais de mil fogos com origem em queimadas este ano e três mortos

A Guarda Nacional Republicana investigou este ano 1.067 incêndios florestais com origem em queimas e queimadas, que provocaram três vítimas mortais, avançou hoje à Lusa a corporação.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a GNR indica que, entre 01 de janeiro e 24 de março, o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) daquela força de segurança investigou 1.067 incêndios com origem em queimas e queimadas.

O SEPNA da GNR é a entidade que detém a responsabilidade da investigação das causas de incêndio rural.

A GNR sublinha também que, no mesmo período, registou três vítimas mortais devido à realização de queimas de sobrantes.

O Governo proibiu a realização de queimadas em todo o território nacional entre hoje e domingo, dia 31 de março, uma vez que as previsões meteorológicas apontam para um “agravamento do risco de incêndio florestal” no país.

GNR reforça patrulhamento no continente até 31 de março

A Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou hoje que vai reforçar o patrulhamento terrestre no território continental até 31 de março para prevenir incêndios florestais.

O reforço do patrulhamento decorre do “agravamento do risco de incêndio florestal” previsto para os próximos dias, segundo um comunicado divulgado hoje pela GNR.

A GNR pretende alertar a população residente junto a áreas florestais e agrícolas do continente para a proibição de realizar queimadas de sobrantes de explorações agrícolas e florestais, bem como de ações de gestão de combustível que recorram ao fogo.

A Guarda Nacional Republicana desaconselha ainda a população de “fumar, fazer lume ou fogueiras” e “fumigar ou desinfestar apiários sem fumigadores equipados com dispositivos de retenção de faúlhas”.

Além disso, recomenda a utilização de “tratores, máquinas e veículos pesados de transporte que possuam extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés”.

A ação de reforço de patrulhamento da GNR coloca em prática as medidas definidas pela Declaração da Situação de Alerta, assinada no dia 26 de março pelos ministros da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.

Esta declaração determinou o “reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos de risco e de apoio geral às operações de proteção e socorro”.

O despacho proíbe a “realização de queimadas, de queimas de sobrantes de explorações agrícolas e florestais e de ações de gestão de combustível com recurso à utilização de fogo”, refere um comunicado divulgado pelos dois ministérios.

O documento acrescenta que no âmbito da Declaração da Situação de Alerta serão ainda implementadas as medidas de caráter excecional de dispensa dos trabalhadores dos setores público e privado “que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário”, bem como a “elevação do grau de prontidão e resposta operacional” por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos e de apoio às operações de proteção e socorro que possam vir a acontecer.

Esta situação de alerta abrange todos os distritos do continente entre as 00:00 de hoje e as 23:59.

As temperaturas acima do habitual para a época e o “acentuado aumento da intensidade do vento” são condições meteorológicas excecionais já atestadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) no aviso emitido à população a 25 de março.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) tinha já emitido a 25 de março um aviso à população sobre o agravamento do perigo de incêndio, devido à manutenção de temperaturas acima do habitual para a época e ao “acentuado aumento da intensidade do vento”. No mesmo aviso, A ANPC recomendou “a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação”.

Em declarações aos jornalistas no aeroporto militar de Figo Maduro, antes da partida do avião da Força Aérea espanhola que transporta ajuda humanitária portuguesa para Moçambique, o comandante operacional da ANPC, Duarte Costa, alertou as pessoas “para não terem comportamentos de risco, não fazerem queimadas, não propiciarem com os seus comportamentos nada que possa provocar incêndios” devido às condições meteorológicas”.

“Temos o dispositivo preparado, temos feito o nosso planeamento mas as condições meteorológicas não têm ajudado e, por isso, é muito importante que a resposta que o povo português tem dado até este momento, que tem sido fantástica, continue sempre dentro dos parâmetros da segurança para nós providenciarmos também segurança aos portugueses e aos seus bens”, afirmou, sublinhando que se está a viver um período difícil.

Fonte: Sapo 24

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