Governo Ordena Pré-contratação de Camiões Cisternas para Fornecer Água - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 20 de março de 2019

Governo Ordena Pré-contratação de Camiões Cisternas para Fornecer Água


O Governo ordenou à Águas de Portugal que abra um procedimento de pré-contratação de camiões cisternas para a eventualidade de pequenos aglomerados populacionais virem a precisar de ser abastecidos com água, como aconteceu há dois anos em Trás-os-Montes e Beira Baixa. A situação no país não é ainda grave, como a seca severa de 2017, mas é já "preocupante", admite ministro da Agricultura.

Esta foi dos poucos anúncios que saíram da reunião do grupo interministerial que gere as crises de seca, esta quarta-feira, no Ministério da Agricultura, no Terreiro do Paço, em Lisboa.

O ministro do Ambiente, que integra a Comissão Interministerial de Acompanhamento da Seca a par do ministro da Agricultura, garantiu no final do encontro que os sinais ainda não apontam para um grau de seca como o que foi vivido pelo país, em 2017.

Ainda assim, João Matos Fernandes avançou que já há reuniões agendadas para abril para se analisar se será necessário avançar com um conjunto de medidas minimizadoras para a falta de água.

Questionado pelo JN quanto à dimensão do contingente pretendido de camiões e a que regiões do país se poderão destinar, tendo em conta as previsões de seca, o ministro do Ambiente frisou que a medida destina-se a responder a eventuais problemas em "aglomerados de pequenas dimensão, de baixa densidade, que são abastecidos por captações subterrâneas e correspondem a aldeias que durante o verão aumentam a sua população, com festas, e regresso de emigrantes".

Matos Fernandes lembrou que, em 2017, houve uma contratação semelhante, que teve um custo de meio milhão de euros. E que defendeu que esta ordem dada à Águas de Portugal é apenas uma "forma preventiva" de preparar eventuais necessidades que pudessem exigir concursos públicos de última hora. Mas, admitiu, que pode nem vir a "ser necessária tal" dimensão como há dois anos nos territórios da Terra Fria e Beira Baixa.

Por outro lado, Matos Fernandes lembrou que a "necessidade de poupança de agua mantém-se", ainda que "não há qualquer comparação de hoje e de há dois anos". E garantiu que "o Governo tudo está a fazer que a água não vá faltar nas torneiras aos portugueses".

Já o ministro da Agricultura garantiu que, apesar de o país estar com seca meteorológica, devido à falta de chuva e ao aumento de temperaturas, garantiu que os sinais são preocupantes mas longe da realidade vivida na seca severa de 2017.

"Estamos a avaliar a situação com preocupação apesar de as disponibilidades de águas não ser comparáveis com 2017", disse Capoulas Santos, que assegurou ser possível neste momento "assegurar a normalidade do ano agrícola".

Nas próximas duas semanas, a previsão é para a ausência chuva, revelou.

Referiu este governante que, apesar de já haver algumas queixas dos agricultores alentejanos, o Alqueva está com uma quota de enchimento de "82% do sistema" e que a região mais afetada pela pouca chuva à porta da Primavera é neste momento o Barlavento Algarvio.

Quanto à alimentação animal, "como ocorreu alguma pluviosidade, ainda que escassa, entre outubro e fevereiro", ainda não há necessidade de intervenção. Mas - disse - "a persistir a ausência de chuva" poderão ser exigíveis respostas.

Capoulas Santos recusou a hipótese de abrir uma linha de apoio à alimentação animal, já que da linha aberta há um ano, de 15 milhões de euros, correspondentes a 1700 projetos, ainda não houve nenhuma execução. Por isso, os "projetos estarão ativos até ao final do ano [2019]".

Esta comissão interministerial reunirá de novo a 30 abril.

Fonte: JN

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