“É triste, dói muito, ver um Camarada meu chorar por ter dado tanto e hoje sentir-se sem nada.
Como ele, há muitos outros. Foi ele, podia ser eu, podia ser outro qualquer.
Há dinheiro para tanta m€rda, para pagar casas a quem delas não precisa, para bancos, para festas e não há para isto?
Cada vez mais pergunto se vale a pena.
Tenho uma filha que tantas vezes me vê ir, tantas vezes me liga para saber se demoro. Tantas vezes lhe digo… já vou…
É esta a triste realidade.
Camarada Rui Rosinha, um grande abraço.
Muita coragem e força para ti.”
Esta mensagem foi escrita por Carlos Ribeiro, um camarada de Rui Rosinha.
Rui ficou com 85% de invalidez após sofrer queimaduras graves durante o combate aos incêndios de 2017 em Pedrógão Grande.
Já foi submetido a 14 cirurgias, mas mesmo que as suas condições físicas melhorem, não tenciona voltar ao ativo para combater as chamas. Quer, contudo, continuar ligado aos bombeiros e às suas causas. Bombeiro uma vez, bombeiro para a vida. Rui não pensa duas vezes antes de desabafar: “Nunca se deixa realmente este ofício, mesmo que seja apenas na forma como se vive.”
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