Bombeiros à Beira da Ruptura Financeira - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Bombeiros à Beira da Ruptura Financeira


Dívidas dos hospitais ultrapassam 35 milhões de euros

As associações e corpos de bombeiros estão à beira da ruptura devido aos atrasos nos pagamentos dos serviços prestados ao Ministério da Saúde, com particular incidência nos hospitais, cuja dívida acumulada já ultrapassa os 35 milhões de euros, nalguns casos há mais de um ano.

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) tem vindo a alertar regularmente o Ministério da Saúde para a situação, que está a causar gravíssimos prejuízos a associações e corpos de bombeiros de todo o país.

A LBP solicitou uma audiência ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, para mais uma vez alertar o Governo para o risco eminente da interrupção da prestação do serviço tendo em conta os graves prejuízos acumulados, que podem incapacitar os bombeiros de continuarem a arcar com os custos inerentes à prestação dos serviços de saúde

Até ao momento, a LBP não teve qualquer resposta relativa ao seu pedido de audiência.

A LBP pretende ver calendarizada a amortização da dívida e garantido o cumprimento das regras estabelecidas e que as unidades hospitalares não cumprem. No passado sucessivas promessas do Ministério da Saúde para a regularização das dívidas nunca foram cumpridas. Razão pela qual a gravidade da situação continue a acentuar-se.

Há ainda outras e graves situações imergentes no transporte de doentes que a LBP quer ver ultrapassadas, nomeadamente o tempo de espera nos hospitais para recuperar as macas que ficam retidas nas urgências, nalguns casos mais de sete horas, impossibilitando as ambulâncias e respectivas guarnições de nesse período poderem intervir em mais situações de socorro.

São estas e outras situações que a LBP quer ver solucionadas tendo em conta que podem por em causa a normalidade da prestação do socorro em Portugal.

Na audiência com o secretário de Estado a LBP quer também abordar outras questões associadas, nomeadamente, os concursos públicos para o transporte não urgente de doentes e a forma desarticulada como as diferentes administrações regionais de saúde gerem o Sistema Gestão de Transporte de Doentes (SGTD) lesiva dos doentes e das associações e corpos de bombeiros.

A LBP informa mais uma vez os Portugueses que os Bombeiros são responsáveis por 98% do transporte de doentes não urgentes, pelo socorro em acidentes e outras intervenções de pré-hospitalar que representam 85% dos serviços executados a solicitação do INEM no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM).

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