Arranca amanhã, sexta-feira, a maior campanha publicitária a que o país já assistiu sobre incêndios. O primeiro anúncio recordará as imagens trágicas de 2017. Marcelo foi desafiado a juntar-se à ação.
"Um primeiro filme: forte e emotivo, que nos convoca para os momentos difíceis de 2017". Este será o tom de arranque do "Portugal chama", segundo o responsável máximo da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Tiago Oliveira, que coordenará esta campanha nacional que vai unir várias áreas do Governo e que poderá ser vista em vários suportes - televisão, rádio, imprensa, digital e ainda "outdoors".
O objetivo da campanha consiste em lançar apelos aos portugueses, "para que se mobilizem e contribuam para um país protegido de incêndios rurais graves".
Após o primeiro anúncio mais impactante, com imagens das tragédias que ocorreram em 2017 e nas quais perderam a vida mais de uma centena de pessoas, seguem-se outros que sensibilizarão para a necessidade de valorizar a floresta, de cuidar da terra e a modificar comportamento.
Em conferência de imprensa, esta quinta-feira de manhã, na Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Oliveira referiu que um dos comportamento sobre o qual incidirá a campanha será o das queimadas. "Os incêndios são feitos por atos negligentes dos portugueses. Há que mudar essas práticas", disse.
A campanha, que decorrerá ao longo de 2019, virá acompanhada de uma linha telefónica e também de um site, tendo um custo estimado de arranque de 350 mil euros. No final, a fatura a dividir por vários ministérios poderá chegar a 1,9 milhões de euros.
"Será uma convocatória nacional para a forma como as pessoas encaram os incêndios", disse o responsável, sublinhando que a campanha, "que vai durar o tempo que os portugueses quiserem", será alvo de "uma medição de resultados" ao longo do ano, para perceber a eficácia desta nova estratégia de sensibilização.
Tiago Oliveira garantiu que, por recomendação da Comissão Nacional de Eleições, devido a um ano com três idas às urnas, não haverá personalidades políticas a participar na campanha.
Porém, uma exceção está aberta: o responsável da AGIF, que está sobre a alçada direta do primeiro-ministro, vê com bons olhos o presidente da República a lançar apelos semelhantes àquele que lançou, no ano passado, em Monchique, quando as populações se recusavam a sair das suas casas e a ser evacuadas pelas autoridades, perante o avançar das chamas.
"Espero que [o chefe de Estado] se sinta tocado e motivado. A campanha não é da agência [AGIF]. A campanha é da República. Estamos só a estabelecer o elo entre a entidade política e a parte técnica. Estou muito contente com aquilo que o presidente da República tem feito em prole do país, acredito que tem sido uma porta-estandarte da chamada atenção para o Interior. Portanto, se já chamava por Portugal, agora Portugal também contará com ele para chamar por todos", apontou.
Fonte: JN
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