Suspeitas de Utilização Indevida de Helicóptero do INEM - VIDA DE BOMBEIRO

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sábado, 22 de dezembro de 2018

Suspeitas de Utilização Indevida de Helicóptero do INEM


A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito sobre a alegada utilização indevida de um dos helicópteros do INEM por parte da médica Raquel Ramos, diretora do departamento de emergência Médica do instituto. 

Ao que o CM apurou, estão em causa factos passados em abril e dezembro de 2017 e todos relacionados com a falta de disponibilidade das equipas médicas para assegurar os turnos. A 13 de abril do ano passado, o héli estava estacionado em Salemas, Loures. 

A médica que estava escalada era Raquel Ramos, mas como esta não estava junto da equipa que estava de turno, mas sim em Lisboa, quando o transporte foi acionado para ir buscar uma doente a Évora, o héli fez um desvio e foi ainda aterrar na Academia Militar, em Lisboa, para apanhar a médica que devia acompanhar a equipa e só depois seguiu para Évora. A 14 de abril, era a mesma médica que estava de serviço e o héli foi acionado para ir buscar um doente às Caldas da Rainha. 

O procedimento foi o mesmo, mas ocorreu um erro. A equipa que estava com o helicóptero em Salemas achou que a médica estava junto à academia militar, porque esta não estava na base apesar de estar de serviço. O héli foi à academia militar, mas teve de voltar a Salemas, porque afinal a médica estava em Loures. E só depois foi para as Caldas da Rainha. 

O terceiro episódio teve lugar em dezembro de 2017. A partir de maio, o héli deixou de estar em Salemas, Loures, e passou em definitivo a estar estacionado em Évora. Nos dias 24 e 25 de dezembro  como não havia médicos para assegurar os turnos, mais uma vez, o aparelho foi deslocado para Lisboa porque os médicos que iam assegurar os turnos estavam na capital, em vez dos médicos se deslocarem e irem para a base de Évora assegurar os turnos, um dos médicos de serviço era novamente Raquel Ramos. 

O que a IGAS agora quer perceber é porque razão, nos dois primeiros episódios, a médica não estava junto à equipa que estava com o héli, como alegadamente é norma,  e se o motivo justifica o valor gasto com a deslocação do héli entre Salemas e a academia militar, em Lisboa, e a demora a chegar aos doentes. E no segundo caso, o de dezembro, também qual a razão para o héli se deslocar para onde estão os médicos em vez dos profissionais de deslocarem para a base onde estava o aparelho. Sabe o CM que a IGAS já ouviu vários testemunhos. 

Ao CM, fonte do INEM respondeu que apesar de considerar que estas "situações foram absolutamente transparentes e que vieram permitir salvaguardar o superior interesse público" o próprio instituto solicitou a intervenção da IGAS.

Fonte: Correio da Manhã

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