O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, está confiante num acordo com o Governo sobre nova Lei Orgânica da Proteção Civil. O representante falou aos jornalistas no final da reunião do Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros, que aconteceu este sábado, em Pombal.
Jaime Marta Soares afirmou, este sábado, que as negociações levadas a cabo com o Governo sobre a nova Lei Orgânica da Proteção Civil “consolidarão tudo aquilo que são as preocupações” dos bombeiros, esperando que sejam desenvolvidas de modo a que “fiquem concluídas até dia 31 de janeiro”.
O prazo é, aliás, “uma condição sine qua non” no âmbito das negociações, nas palavras do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que falou aos jornalistas no término da reunião do Conselho Nacional, este sábado, onde foram debatidas as propostas enviadas pelo Ministério da Administração Interna (MAI).
O responsável indicou que estão suspensas as medidas de contestação dos bombeiros até ao próximo congresso, agendado para 23 de março, em Aveiro, devido á abertura do Governo para negociar.
Marta Soares manifestou o seu contentamento pelo anúncio do “aumento de 20% [no salário]” para os bombeiros “das Equipas de Primeira Intervenção”. “Falta passar da informação para o papel, mas é algo que nos satisfaz, o entendimento que o Governo teve em relação àquelas mulheres e homens, que ganhavam o salário mínimo nacional”.
O representante falou ainda nos incentivos aos voluntários, esclarecendo que este é um ponto indiscutível. “Não vamos baixar a guarda, em nenhuma circunstância”.
Marta Soares congratulou-se, ainda, pela “mudança de atitude” do Governo depois de anunciar uma lei que foi feita “em cima do joelho”.
Esta reunião acontece depois de os bombeiros terem suspendido um protesto que durou 10 dias e que passava por não ser comunicada informação operacional aos comandos distritais de operações de socorro (CDOS).
Recorde-se que o Governo aprovou, a 25 de outubro, a proposta de alteração à Lei Orgânica da ANPC, que vai passar a designar-se Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Entre outras alterações, a proposta do executivo prevê a criação de um Comando Nacional de Bombeiros com autonomia financeira e orçamento próprio, cujo responsável máximo será designado depois de ouvida a LBP.
Fonte: Noticias ao Minuto
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