Falhas no Caso do Héli Sobem Tensão entre PSP, NAV e Proteção Civil - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Falhas no Caso do Héli Sobem Tensão entre PSP, NAV e Proteção Civil


A tensão entre a Proteção Civil, a PSP e a Navegação Aérea de Portugal (NAV) está a aumentar, na sequência dos procedimentos seguidos após o acidente de helicóptero que matou quatro pessoas.

Ontem, a Proteção Civil admitiu que a PSP (que gere a linha 112) e a NAV podem ter "comprometido o tempo de resposta dos meios de busca e salvamento". Em resposta, a PSP garante que o protocolo definido para as centrais 112 "foi totalmente cumprido". A NAV não se pronunciou, mas uma fonte da empresa já assegurou que os procedimentos habituais para estes casos foram seguidos.

A Diretiva Operacional n.º 4 da Proteção Civil, que define o Dispositivo Integrado de Resposta a Acidentes com Aeronaves, manda que o Centro de Busca e Salvamento da Força Aérea seja a primeira entidade a contactar, em caso de acidente suspeito ou confirmado, em local conhecido ou não. A diretiva é invocada no relatório feito pela Proteção Civil para justificar a acusação de falhas à NAV e linha 112.

Ontem, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vincou a "violação de protocolos" definidos na diretiva, apesar de reconhecer que "seria sempre impossível salvar a vida dos quatro heróis que pereceram". Cabrita já fez seguir o relatório para os ministérios da Defesa (Força Aérea), do Planeamento e Infraestruturas (NAV) e da Saúde (INEM), bem como para o primeiro-ministro. Também o enviou ao Ministério Público, que já abriu averiguações.

A acusação feita no relatório, porém, é recusada pela Polícia de Segurança Pública, a quem compete gerir o sistema da linha 112. Questionada pelo JN sobre a razão pela qual a PSP não seguiu as normas de atuação previstas na diretiva da Proteção Civil, fonte oficial afirmou que "o protocolo definido para as centrais 112 foi totalmente cumprido, face às informações que estavam disponíveis e transmitidas àquelas centrais no momento da ocorrência".

A fonte da PSP não revelou, todavia, a que documento se refere, dizendo que "o protocolo e o seu teor são de natureza reservada" e, por isso, não podem ser publicamente divulgados.

Quanto à NAV, que monitoriza o espaço aéreo do continente, não presta declarações oficiais. Mas à SIC, uma fonte da empresa garantiu que foram seguidos os procedimentos costumeiros nestas situações.

Recorde-se que a linha 112 e a NAV fizeram uma série de contactos prévios, tentando localizar o helicóptero desaparecido no final da tarde de sábado em Valongo, antes de notificarem o Centro de Busca e Salvamento da Força Aérea Portuguesa.

Direita cavalga descoordenação, BE exige ação

Quando ainda só se conhecem os relatórios preliminares e a linha do tempo dos acontecimentos, o PSD criticou as falhas na articulação entre as entidades de socorro. Na SIC Notícias, o deputado social-democrata Duarte Marques disse que "mais uma vez" o sistema de Proteção Civil mostrou falhas. A líder do CDS, Assunção Cristas, também criticou tais erros, para denunciar que o "país está preso por arames". Já Catarina Martins, coordenadora do BE, pediu "consequências" para "tudo o que tiver corrido mal".

Fonte: JN

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