Os bombeiros profissionais voltam aos protestos, depois de se terem manifestado em 2012 e de "nada ter sido feito", disse Ă agĂȘncia Lusa o presidente da ANBP e SNBP, Fernando Curto (na imagem), adiantando que continuam Ă espera de novas admissĂ”es e que seja publicada legislação referente ao setor, como a relativa a horĂĄrios de trabalho, novas regras de aposentação e de progressĂŁo na carreira, assim como o reconhecimento de profissĂŁo de risco.
Os bombeiros profissionais realizam hoje uma concentração na Praça do Comércio, em Lisboa, para protestar contra a proposta do Governo que regula a carreira especial dos bombeiros da administração central, regional e local.
A concentração, que estĂĄ marcada para as 14:30, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do MunicĂpio de Lisboa (STML) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), a que se juntam a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais (ANBP) e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP).
Em causa estĂĄ o novo estatuto profissional que regula a carreira especial de sapador bombeiro e de oficial sapador aprovada na generalidade pelo Governo a 25 de outubro.
Esta proposta do Governo cria uma carreira unificada para os bombeiros municipais e sapadores e novas tabelas remuneratórias, além de integrar os operacionais da Força Especial de Bombeiros e os trabalhadores do Instituto de Conservação Natureza e das Florestas (ICNF) que desempenham funçÔes de sapador florestal.
O STML e o STAL referem que o Governo quer aprovar o novo estatuto do bombeiro profissional e o regime de aposentação "sem considerar a opiniĂŁo e vontade dos bombeiros do paĂs".
Segundo estes sindicatos, trata-se de um protesto que procura "reverter decisĂ”es e opçÔes polĂticas que de forma inĂ©dita podem agravar a vida e o trabalho de milhares de bombeiros".
A ANBP e o SNBP decidiram juntar-se a esta concentração devido "Ă gravidade da situação", sendo necessĂĄrio que os sindicatos estejam unidos nesta luta, disse Ă agĂȘncia Lusa o presidente da Associação Sindical dos Bombeiros Profissionais.Fernando Curto adiantou que a diminuição do nĂșmero de postos nas carreiras, Ăndices remuneratĂłrios e aposentação sĂŁo as principais contestaçÔes, sendo questĂ”es que os bombeiros profissionais "nĂŁo vĂŁo abdicar".
Segundo o presidente da ANBP, os bombeiros querem que se mantenham os sete postos nas carreiras e não os quatro que agora o Governo propÔe.
Se as carreiras forem reduzidas, os bombeiros vão ter uma pequena progressão nas carreiras, disse, referindo que o Governo propÔe também uma diminuição dos salårios, passando os novos bombeiros a ganhar cerca de 600 euros, menos 300 do que atualmente.
"Uma profissĂŁo de alto risco nĂŁo pode ganhar o ordenado mĂnimo nacional", sustentou Fernando Curto, contestando ainda o novo regime de aposentação, que aumenta a idade de reforma dos bombeiros profissionais.
Segundo a proposta do Governo, a idade de reforma dos bombeiros profissionais vai passar a ser igual Ă idade legal de reforma, reduzida em seis anos, beneficiando ainda de um regime transitĂłrio.
Lusa
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