Bombeiros Profissionais Iniciam Greve com Ato Simbólico em Lisboa - VIDA DE BOMBEIRO

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Bombeiros Profissionais Iniciam Greve com Ato Simbólico em Lisboa


Um grupo de bombeiros profissionais deu, esta terça-feira, ao início da noite o "arranque simbólico" a uma greve que começa à meia-noite em todo o país, contra as propostas dos Governo sobre estatuto de carreira e aposentações.

Em Lisboa, a greve, que dura até 02 de janeiro, começou às 20 horas (início de turno) no Regimento de Sapadores de Bombeiros, estando prevista uma concentração de bombeiros sapadores no Quartel da Graça, com a presença de dirigentes dos sindicatos que marcaram a paralisação, e nas instalações dos bombeiros na avenida D. Carlos I, em Lisboa.

Na avenida D. Carlos I, em São Bento, o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto, disse à agência Lusa que a greve começou ali pelo "simbolismo e ponto de partida para o resto do país".

"Às 00:00, a greve começa em todo o país, em todas a cidades onde existam sapadores bombeiros, bombeiros municipais, nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, no sentido de informar a população e dizer ao Governo que estamos cá para negociar e que queremos continuar a negociar, mas que tem de ter em conta aquilo que é o serviço que os bombeiros prestam", afirmou.

Fernando Curto deixou claro que durante esta greve "o socorro está garantido" e que "toda a população pode estar descansada que os bombeiros estarão lá, porventura até mais, porque ficam mais bombeiros no quartel do que nos outros dias, e todos os outros serviços estão assegurados".

"Não podem [o Governo] desvalorizar os bombeiros profissionais, não porque estamos em greve muito dias, mas porque é importante, por um lado valorizá-los e por outro lado sustentabilizar a profissão".

O dirigente associativo disse que "a carreira dos bombeiros não pode ser diminuída" e explicou que existem atualmente "sete postos no início da carreira e três na chefia e o Governo quer diminuir as chefias para um posto e na carreira de intervenção para três postos".

"Não pode ser, porque inviabiliza a progressão e o socorro não pode ser dessa maneira", declarou.

A greve engloba todos os bombeiros profissionais a

Esta greve foi marcada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

Os dois sindicatos dizem que os profissionais procuram, no essencial, "reverter decisões e opções políticas que de forma inédita agravam a vida e o trabalho de milhares de bombeiros profissionais".

"Esta paralisação nacional tem como objetivo reivindicar a dignificação e valorização da carreira e pelo direito a aposentação e reforma condignas após o limite de idade que a especificidade e as exigências do exercício das funções impõem", refere a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP)/Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP).

Os bombeiros profissionais, adianta um documento conjunto, lutam pela criação de um regime de reserva, "pelo vínculo de nomeação e pela manutenção estatutária da carreira como corpo especial de Proteção Civil", bem como pela "habilitação e qualificação específica para a criação de carreira ou categoria de oficial bombeiro".

O anúncio da greve de 15 dias foi feito numa concentração no início do mês na praça do Comércio, em Lisboa, contestando o novo estatuto profissional que regula a carreira especial de sapador bombeiro e de oficial sapador, e o novo regime de aposentação, aprovados na generalidade pelo Governo a 25 de outubro.

Fonte: JN

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