O PCP considerou hoje que o Governo decidiu a nova orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) "sem a devida reflexão e envolvimento do conjunto de intervenientes", lamentando a secundarização dos bombeiros.
“A aprovação pelo Governo em Conselho de Ministros, sem a devida reflexão e envolvimento do conjunto de intervenientes que integram a Proteção Civil, de uma nova orgânica da ANPC que, entre outros aspetos aponta soluções operacionais sem atender à tipificação dos riscos e às respostas disponíveis no território para os enfrentar, tem motivado crítica e contestação”, lê-se num comunicado dos comunistas.
Além disso, lê-se na nota, “ao contrário do que devia acontecer, é notória a secundarização dos bombeiros e a militarização do sistema”.
“Sem prejuízo da intervenção de outros agentes com papel relevante, um verdadeiro sistema de Proteção Civil não pode desconsiderar o importante papel que representa a intervenção dos bombeiros”, é referido pelo PCP, que considera "urgente a adequação da lei de financiamento às necessidades das associações e corpos de bombeiros o respeito pelos direitos e dignificação da carreira dos bombeiros profissionais e a melhoria do estatuto social e material dos voluntários".
Na nota, o PCP expressa também a sua solidariedade aos bombeiros e apela “à responsabilidade de todos os intervenientes no processo para que o país seja dotado de um sistema eficaz de Proteção Civil que, a par das políticas de prevenção, assegure os meios de socorro e prontidão indispensáveis".
O Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) decidiu suspender toda a informação operacional aos Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) desde as 00:00 de domingo.
No mesmo dia, o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, e a ANPC garantiram que a suspensão de informações operacionais por parte dos bombeiros à ANPC não compromete o socorro à população.
Também no domingo, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerou que a suspensão de informações operacionais por parte dos bombeiros à ANPC é ilegal e coloca em causa a segurança das pessoas ao afetar a coordenação de meios de resposta.
A LBP reivindica uma direção de bombeiros autónoma independente e com orçamento próprio, que diminua os custos e aumente a eficácia, um comando autónomo e o cartão social do bombeiro.
Fonte: sapo 24
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