O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, respondeu esta terça-feira à ameaça da Liga de Bombeiros, que na voz do presidente Jaime Marta Soares tinha prometido guerra ao Governo caso avance a proposta para a reforma da Proteção Civil, que procura reorganizar o socorro no território português.
O diploma, que foi aprovado em Conselho de Ministros, vai acabar com os comandos distritais de operações de socorro, algo que não agrada aos bombeiros. Ainda assim, Eduardo Cabrita garante que ainda não chegaram ao seu gabinete quaisquer propostas da autoria dos bombeiros voluntários.
"Os bombeiros foram os primeiros a receber pedidos para que emitam uma posição acerca dos diplomas que foram aprovados para discussão no Conselho de Ministros de 25 de outubro. Estas propostas reforçam decisivamente o papel dos bombeiros como coluna vertebral do nosso sistema de Proteção Civil. Haverá, eventualmente, alguma desinformação. Esperamos ansiosamente as propostas concretas da Liga dos Bombeiros", garantiu Eduardo Cabrita.
Municípios consideram plausível a criação de cinco comandos regionais
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) admite que a criação de cinco comandos regionais de Proteção Civil, que ficam dependentes das áreas metropolitanas e intermunicipais, é "um caminho possível". Apesar disso, o presidente da ANMP, Manuel Machado, entende que esta nova lei orgânica da Proteção Civil precisa de ser clarificada.
"As intervenções da Proteção Civil têm uma hierarquia, que se reconhece que é importante, mas a componente da territorialização tem de conjugada com outras componentes", começou por explicar Manuel Machado.
"É necessário encontrar um padrão que torne homogéneos, na medida do possível, todos os serviços que acrescentam valor uns aos outros e os municípios", concluiu.
Fonte: TSF
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