Muitos foram os rostos apáticos, os olhares distantes, fechados, tristes. A expressão que pergunta porquê. A procura de tentar entender como foi.
Um ano passa e os rostos continuam iguais, os olhares confundem-se por entre negros manchados de verde.
As lágrimas correm por dentro.
Muitos dizem, estás cá, estão cá.
Sim, estamos. Com os tais olhares, com os tais rostos.
Nuno Pereira permite-me.
Permite-me que o teu olhar seja o espelho do meu, de tantos outros. Que a tua expressão seja as palavras de cada um, também as minhas.
É verdade sim, estamos cá. Só por hipocrisia não se entende o olhar, a expressão. Só quem não esteve, quem não viveu.
Acho que crescemos, todos crescemos um pouco. Depois de termos sido tão pequeninos, tão insignificantes, todos crescemos.
Fomos pequeninos, mas fortes. Mesmo que as forças tenham sido pasto para aquilo que nos consumiu por dentro, para tudo o que hoje são memórias, pensamentos negros.
Hoje, um ano passado falamos, por vezes rimos. Aquele riso que não esconde tudo o resto.
Hoje passado um ano, deixo a todos um grande abraço, o tal abraço. Faço-o no dono deste rosto, desta expressão.
Faço-o na pessoa de alguém que com uma palavra nos faz andar em frente, o meu Comandante Nuno Pereira. Obrigado.
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