Não Abdicamos Nem Abdicaremos da Nossa Missão - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Não Abdicamos Nem Abdicaremos da Nossa Missão


Se alguém tivesse alguma vez dúvida, que não tenha, porque, como temos enunciado e demonstrado não abdicamos nem abdicaremos da nossa missão enquanto dirigentes da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), da defesa dos Bombeiros, dos Dirigentes, dos Comandos e das suas Associações e Corpos de Bombeiros.

Trata-se de um imperativo estatutário, mas também, e não menos importante, de um imperativo de consciência de todos nós, ao assumirmos funções de dirigentes desta confederação, cientes das dificuldades e dos obstáculos conhecidos e de outros que possam surgir, mas também determinados a fazer tudo para os transpor.

Poderemos não fazer milagres, ao contrário daquilo que alguns palavrosos e plagiadores das nossas propostas poderiam querer exigir-nos, mas, sem dúvida alguma, trabalhamos afincadamente com a convicção que ao defender as nossas propostas estamos num caminho certo e justo que terá como objetivo primeiro os Bombeiros e as suas Associações e Corpos de Bombeiros e como segundo objetivo, igualmente importante, as comunidades que estiveram na sua origem e que juraram defender.

Nunca nos verão carpir ou claudicar perante as dificuldades. A experiência assim o demonstra e testemunha.

Mesmo que sabendo, que muitas delas são até conhecidas e esperadas nunca deixaremos de as enfrentar como o mesmo denodo de sempre. Temos a certeza que as vitórias nem sempre se conseguem alcançar à primeira. Mas estamos também bem certos que a persuasão, o espírito de diálogo, a própria diplomacia podem ser bons instrumentos e meios para que, com tanta determinação como bom senso, possamos chegar a bom porto.

O incêndio do Chiado foi há 30 anos e as fotos de então são um testemunho concludente das dificuldades operacionais que os bombeiros então acusavam. Era evidente a falta de equipamentos de proteção individual. E isto acontecia quando muitos dos nossos congéneres europeus e de outras partes do mundo, nomeadamente norte-americanos, há muito os usavam.

Muito antes e, particularmente desde então, os registos da LBP testemunham os alertas feitos perante as estruturas do Estado para essas insuficiências e riscos em proteção individual.

Ao longo destes 30 anos muito foi feito fruto do trabalho partilhado entre a LBP, as federações, as associações e corpos de bombeiros junto do próprio Estado e das Autarquias. A história recente faz-nos essa justiça. E testemunhará ainda que esse processo, a que também não foi alheio o esforço na construção de novos quartéis, foi crescente, acelerado e concertado.

Hoje, à distância será possível fazer o balanço positivo dos objetivos alcançados. Mas o que hoje nos motiva mais é o facto de, tendo alcançado tantos patamares, mesmo que nem sempre à primeira nem de forma definitiva, importa não descansar, não aliviar o esforço e, pelo contrário prossegui-lo.

Concluída positivamente uma primeira fase acordada com o Estado para garantir EPI florestais para todos importa considerar que apenas ganhámos uma etapa e que a seguinte, que há muito defendemos e que agora se começa a esboçar, é que possamos passar a ter pelo menos dois, senão três, EPI florestal por bombeiro.

O mesmo entendemos que se deverá passar com os EPI estruturais, para combate a incêndios urbanos. Há ainda um longo trabalho a fazer nesse âmbito que também não iremos descurar.

São visíveis as muitas frentes de trabalho e de luta que se nos apresentam. Não esquecendo nem descurando nenhuma delas, perante a impossibilidade real de as concretizar no imediato e no conjunto, importa que assumamos algumas delas como mais prioritárias que outras. Para tal, teremos que ter em conta a urgência e o risco que lhes estão associados. Os EPI correspondem sem dúvida à urgência e ao risco identificados e, por isso, são neste momento, em termos de equipamentos, a nossa principal preocupação.

Não desmerecer a confiança dos Bombeiros Portugueses é o nosso compromisso de ontem, hoje e sempre!

LBP

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