Ateia Fogo para Agradar a Vidente em Cinfães - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Ateia Fogo para Agradar a Vidente em Cinfães


Convencido de que tinha sido alvo de uma feitiçaria, decidiu recorrer a uma vidente da cidade do Porto. A mulher explicou-lhe que só ficaria curado se acendesse velas, na serra de Montemuro, em Cinfães. A receita era simples: no meio da floresta, em locais diferentes, teria de acender velas vermelhas num dia e brancas no outro. 

O jornaleiro, de 47 anos, justificou que seguiu essas recomendações à risca e que, por isso, acabou por atear dezenas de incêndios, no último mês, em Alhões, Cinfães. O incendiário reincidente foi de novo detido pela Polícia Judiciária do Porto e levado esta quinta-feira a tribunal para interrogatório. Já cumpriu uma pena de três anos e três meses de cadeia por incêndio florestal. Saiu da prisão em julho do ano passado, depois de ter sido apanhado em 2013. 

O cadastrado tem ainda antecedentes por abuso sexual de crianças. Desta vez, o arguido jura que não tinha intenção de incendiar a floresta porque apenas estava a tentar desfazer-se de um feitiço que lhe está a destruir a vida. Para isso, colocava as referidas velas a arder em diferentes locais escondidos e em diferentes horas do dia. Desde o final do mês de agosto e até à passada quarta-feira, provocou fogos que destruíram uma área de cerca de seis hectares. Várias habitações estiveram em perigo e as chamas só não atingiram proporções ainda mais graves graças à rápida intervenção dos bombeiros. 

O incendiário voltou esta quinta-feira para a cadeia - em preventiva - por decisão do juiz de instrução. Preventiva para bombeiro incendiário Um homem de 44 anos, bombeiro efetivo na corporação de Vila Velha de Ródão, está em prisão preventiva por suspeita de ter ateado um incêndio florestal no passado dia 20. 

O homem, casado e com filhos, foi detido pela Polícia Judiciária do Centro em colaboração com o grupo de trabalho criado na Unidade de Missão para a Valorização do Interior. O suspeito usou um isqueiro para atear um incêndio que ameaçou habitações e destruiu 30 mil hectares de mato, eucalipto e pinheiro bravo. Segundo fonte policial, o homem acabou por confessar a autoria do crime, alegando estar "chateado com a vida". 

O bombeiro foi ouvido por um juiz do Tribunal de Castelo Branco que lhe aplicou a medida de coação mais grave: prisão preventiva.

Fonte: Correio da Manhã

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