"Tsunami" de Chamas Chega a Silves - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

"Tsunami" de Chamas Chega a Silves


De mangueira na mão, os moradores do Enxerim, às portas de Silves, regavam esta quarta-feira os telhados das casas e o terreno em torno das construções, enquanto o incêndio se aproximava. A GNR já tinha dado ordem de evacuação do local, mas muitos recusaram abandonar as casas. Ao final da tarde, as chamas aproximaram-se dos lares. 

Algumas projeções entraram no perímetro urbano, mas esta batalha contra o fogo foi ganha. Mas a guerra continuou e, à noite, a batalha da população e dos mais de 1300 operacionais no terreno centrava-se em Silves, com as chamas a ameaçarem a cidade. "Não nos espera um período fácil. A meteorologia, mais uma vez, sobretudo no que diz respeito ao vento, mantém-se bastante desfavorável", disse a 2ª comandante operacional da ANPC, Patrícia Gaspar, no briefing ao final do dia. 

Depois de uma manhã em que o fogo parecia estar a dar tréguas, as chamas voltaram a lavrar no concelho de Silves, ameaçando aglomerados urbanos como Pedreira ou Cumeada e tantos outros, além de casas isoladas, sempre com grande violência. "Parecia um ‘tsunami’ de fogo", descreveu ao CM uma das muitas pessoas viram o incêndio próximo de casa. Alguns populares acusam a GNR de usar a força excessiva para os retirar das habitações. 

Ao início da noite, com o incêndio a andar para Leste, a EN124 foi cortada entre Silves e S. Bartolomeu de Messines. E a ANPC apelou aos moradores para que se mantivessem em zonas seguras. Ao mesmo tempo, mantinha-se ativa, a Oeste de Monchique, uma segunda frente, na Foia. Até ontem estavam contabilizados 32 feridos – apenas um grave – e 182 pessoas deslocadas.

Fonte: Correio da Manhã

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