"O Piloto Não Usa Uma Pistola para que os Operacionais Saiam do Helicóptero" - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

"O Piloto Não Usa Uma Pistola para que os Operacionais Saiam do Helicóptero"


Empresa de meios aéreos envolvida no fogo de Mourão responde às acusações de abandono dos operacionais. Diz que o vento mudou de direção, obrigando o piloto a levantar voo para evitar mais feridos.

O presidente da empresa dona do helicóptero envolvido no incêndio de Mourão, onde ficaram feridos cinco militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, diz que é positivo existir uma investigação àquilo que se passou neste fogo que atingiu o concelho alentejano na segunda-feira.

Pedro Silveira adianta à TSF que tudo aponta para que tenha sido o vento que inesperadamente mudou de direção a apanhar os militares de surpresa. É esse o relato que a empresa tem do piloto que, sublinha, tem décadas de experiência, acrescentando que a Heliportugal combate fogos há mais 30 anos e nunca tinha vivido uma situação deste tipo.

O inquérito ao que aconteceu em Mourão foi anunciado na terça-feira pelo Ministério da Administração Interna.

"O helicóptero aterra onde pedem para aterrar"

Na quarta-feira, o vice-presidente da Associação Sócio Profissional Independente da Guarda (ASPIG) afirmou à TSF que neste fogo foram cometidos erros básicos: os militares tinham sido colocados no sítio errado pelo helicóptero e o piloto tinha-os abandonado no meio das chamas.

Pedro Silveira responde e garante que a crítica não faz sentido: "O nosso piloto não põe a pistola na cabeça dos bombeiros para eles saírem do helicóptero. Os bombeiros saem porque acham que têm condições para sair".

Pelos elementos já recolhidos pela empresa e pelo testemunho do piloto, a culpa terá sido do vento que mudou de direção alterando as condições que levaram a equipa a aterrar naquele sítio.

Pedro Silveira lamenta os feridos e admite que aquilo que aconteceu é "muito grave", sendo preciso ter muito cuidado nestas avaliações, mas sublinha que não é o piloto que manda nos operacionais da GNR ou bombeiros no combate a um incêndio.

O presidente da Heliportugal apresenta mesmo o Manual Operacional de Emprego de Meios Aéreos em Operações de Proteção Civil e a Diretiva Operacional Nacional de 2018 para combate a incêndios que diz que "os helicópteros e as suas equipas atuam sob as ordens do respetivo chefe" da equipa de cinco elementos do GIPS e não do piloto.

Fonte: TSF

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