Escrevo isto com fúria, e a linguagem pode ser imprópria. Azar.
Na imagem, que acompanha este "arrazoado" indignado de ideias, podem ver-se homens e mulheres, filhos e pais, gente, que teve a triste ideia de andar de mangueira na mão a salvar gente, o que não é deles, a troco de nada. Nadinha. Barrigadas de fome, noites sem dormir e ingratidão.
Meus amigos. Para que estas imagens aconteçam, aqui e noutros lugares, nós, os outros, arriscamos o cromado.
Agora... isto só acontece se estivermos lá. Onde a coisa dói. Onde se torcem pés, a carne queima, o ar dói. Porquê? Porque só assim é possível mostrar.
Não. Não é necessidade de aparecer. Isso faz-se naquelas merdas com grandes almoçaradas que duram até ao natal. Os incêndios, as inundações, enfim, as calamidades, doem a todos. E doem muito. Tanto que os cobardes e inteligentes críticos da tecla de ouro nem sabem do que se trata. ( Mas criticam sempre de salto alto e farpela que jamais cheirou a fumo).
Depois é giro chamar aos jornalistas... "jornaleiros". Se for por aí, estamos conversados: as nossas jornas de trabalho começam antes do raiar do sol e terminam só com tempo para tomar banho. (Sim, às vezes conseguimos, não sendo garantido)
Só mais uma coisa: enquanto me deixarem estarei sempre na linha da frente para mostrar a atualidade com imagem e som, como era é. Para isso faz falta proximidade. Outra coisa: muito têm trabalhado bombeiros, pilotos, militares, segurança social, técnicos municipais, médicos, enfermeiros, psicólogos, autarcas, voluntários, operadores de máquinas e demais agentes (Estou a esquecer-me de tanta gente).
Os "jornaleiros" é que são uma praga. Se fosse exterminada ficávamos todos a saber das coisas nas reuniões do partido, pelas " farpas" da oposição ou num post do caraças no facebook.
Os jornalistas cometem erros e excessos? Óbvio, muitos
Podemos falar sobre isso? Eventualmente. Com quem valha a pena. Há merdas que custam a engolir. O jornalismo é muito atacado mas, principalmente, por dentro.
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