É a segunda vez este verão que a Suécia pede assistência a Bruxelas para fazer face às dezenas de incêndios florestais que continuam ativos no país - só nos últimos dias arderam mais de 20.000 hectares. Portugal foi um dos países que respondeu positivamente ao pedido de ajuda: seguem amanhã para a Suécia dois aviões médios anfíbios que vão ajudar no combate às chamas.
Para além dos aviões, que partem esta terça-feira, pelas 10:00, do Centro de Meios Aéreos de Vila Real, com destino ao aeroporto sueco de Orebro, a Força Aérea Portuguesa disponibilizou também um voo de apoio (C295), o qual transportará cerca de 700 quilos de equipamento para apoio à operação dos meios aéreos.
A bordo do voo C295 seguem oito elementos da Autoridade Nacional de Proteção Civil, entre mecânicos, pilotos e técnicos de apoio. A missão portuguesa vai ser chefiada por Miguel Cruz, Adjunto do Comando Operacional Nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil. O Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, assiste amanhã ao momento da partida da missão portuguesa.
Na passada sexta-feira, Portugal informou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil da sua disponibilidade para enviar meios aéreos, humanos e terrestres, para apoiar as operações de combate aos fogos. Na resposta, a Suécia fez saber que aceitava a ajuda portuguesa, tendo solicitado apenas apoio aéreo.
Situação "rara", admite primeiro-ministro sueco
As autoridades da Suécia anunciaram, a semana passada, que a extinção dos maiores fogos florestais em curso no país poderá demorar semanas. O centro e o sul do país são os mais afetados, no entanto contam-se fogos em todo o território sueco. "A situação em que nos encontramos é rara", disse o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, durante uma visita a uma das regiões mais afetadas.
No combate aos 50 incêndios florestais registados encontram-se todos os corpos de bombeiros disponíveis, incluindo os que estavam de férias, centenas de voluntários coordenados pela Cruz Vermelha e cerca de 500 soldados, auxiliados por dois helicópteros e por um avião de transporte.
A Suécia pediu na quinta-feira ajuda à União Europeia, através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A Noruega enviou 10 helicópteros e a Itália e França forneceram dois hidroaviões cada.
A multiplicação dos incêndios em curso no país deve-se à vaga de calor pouco habitual, após semanas sem chuva, verificando-se em Upsalla, a 70 quilómetros a norte de Estocolmo, temperaturas recorde superiores a 33 graus.
Este mês já se registaram três vezes mais incêndios na Suécia do que no mesmo período do ano passado.
Fonte: Diário de Noticias
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