Dois grandes incêndios florestais já provocaram esta segunda-feira, pelo menos, dez feridos, destruíram 200 casas e outros tantos carros, na zona de Atenas, e interromperam as principais ligações de transporte na Grécia.
Em declarações à Renascença, o jornalista local Nikolau Hidiriglou faz um retrato negro da situação.
Nikolau explica que o incêndio florestal, em Ática, ameaça uma zona densamente povoada. As condições são também bastante difíceis, desde as temperaturas elevadas ao vento forte e irregular.
“Está muito mau por causa do vento, com temperaturas muito altas. Temos mais de 200 casas queimadas. O Estado não está capaz de controlar isto, até agora. A parte oriental de Ática está numa situação de emergência. Fica ao lado de Atenas, a zona principal da Grécia em termos de população.”
O jornalista diz que o Governo não estava preparado para enfrentar uma situação assim. Estão confirmados dez feridos, mas já se teme o pior.
“É óbvio que precisamos de mais aviões, mas com esta crise económica o Estado… Há dez pessoas feridas. O presidente da Câmara de Arafina receia que haja mortos. Muita gente ficou isolada, pessoas que tentaram salvar as casas”, conta Nikolau Hidiriglou.
Apesar da visibilidade estar comprometida, com o fumo e a cinza, o combate às chamas tem sido apoiado ao longo do dia por meios aéreos, além de veículos e várias corporações. Até ao momento, ainda não foi pedida ajuda externa.
O jornalista lamenta que o país não tenha aprendido ainda a preparar-se, até porque ainda o ano passado enfrentou incêndios violentos e em 2007 chegaram mesmo a morrer pessoas.
As autoridades gregas evacuaram os moradores de Kineta, uma região costeira a cerca de 50 quilómetros a este de Atenas.
Ao final da tarde, um incêndio de grandes dimensões deflagrou também no norte e leste da capital.
Os incêndios obrigaram também ao corte de uma das rodovias mais movimentadas do país, interromperam ligações ferroviárias e estão a encher o céu da capital de fumo.
"Faremos tudo o que for humanamente possível para controlá-lo", disse o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, durante uma visita oficial à Bósnia. "Estou preocupado com os surtos simultâneos de leste e oeste de Ática", disse o chefe do Governo.
O primeiro-ministro interrompeu depois a visita à Bósnia para regressar ao país.
Renascença
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