Ex-bombeiro da Póvoa de Lanhoso Absolvido por Três Fogos Florestais - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 24 de junho de 2018

Ex-bombeiro da Póvoa de Lanhoso Absolvido por Três Fogos Florestais


Um ex-bombeiro voluntário da Póvoa de Lanhoso foi absolvido da acusação de ter ateado três fogos florestais, por manifesta falta de provas de ter sido o autor dos referidos crimes.

Luís Carlos Almeida Machado, de 34 anos, solteiro, triador de resíduos, foi bombeiro ao longo de nove anos, na corporação da Póvoa de Lanhoso, de onde é natural e reside, tendo levantado suspeitas junto dos seus superiores, quanto a três incêndios florestais, em abril de 2017, devido ao seu comportamento, considerado estranho também perante os colegas.

Em todos os casos provou-se que a origem desses três incêndios florestais foi por chama direta, isqueiro ou fósforo, mas quanto à autoria dos factos, a juíza considerou “não ter ficado demonstrada a sua autoria por parte do arguido”, já que “não foi produzida prova suficientemente consistente, firme e estruturada” que pudesse conduzir a uma condenação e daí ser absolvido, “pois não podia o Tribunal formular” outro juízo, “isento de dúvidas”.

O primeiro desses incêndios florestais ocorreu em Calvos e Frades, na Póvoa de Lanhoso, mas nessa mesma tarde do fogo o então bombeiro estava com quatro amigos de um clube de veículos de todo o terreno a limpar uma propriedade cedida pela autarquia, o que foi confirmado por todos eles e inclusivamente por registos fotográficos feitos já nessa data.

Logo no dia seguinte, em 9 de abril de 2017, ocorreram mais dois incêndios florestais, na Póvoa de Lanhoso, ambos à noite, tendo Luís Machado sido contactado para combater o primeiro que deflagrou, mas disse para a central telefónica dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso que se encontrava em Braga, só que logo a seguir apresentou-se já no quartel para apagar o fogo, isto após o próprio ter telefonado a dar conta do outro incêndio.

Durante o julgamento, Luís Machado, que esteve sempre com liberdade provisória, não prestou declarações à juíza, no Palácio da Justiça da Póvoa de Lanhoso, tal como o fizera, aquando da sua detenção pela Polícia Judiciária de Braga e no seu primeiro interrogatório.

A defesa do arguido esteve a cargo dos advogados Maria José Araújo e Jorge Ribeiro Pereira, que durante as audiências conseguiram ir desmontando a estratégia da acusação.

Fonte: O Minho

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