Escuteiros recordam noite de pânico para fugir ao fogo de Pedrógão - VIDA DE BOMBEIRO

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sexta-feira, 15 de junho de 2018

Escuteiros recordam noite de pânico para fugir ao fogo de Pedrógão


A madrugada de 18 de junho vai ficar marcada para sempre na memória da população de Figueiró dos Vinhos. A vila, sede de concelho, é vizinha de Pedrógão Grande e foi apanhada de surpresa pela rapidíssima evolução do fogo, que na véspera, ao início da noite, cercou a povoação e cortou as comunicações. 

No próximo domingo passa um ano desta tragédia que provocou a morte a 66 pessoas. O Convento do Carmo, onde está o Agrupamento 148 dos Escuteiros de Figueiró dos Vinhos, foi das primeiras portas a abrir. Quando as chamas começaram a aproximar-se das casas, seis dezenas de pessoas – crianças e idosos, na maioria - procuraram refúgio no convento.  "As pessoas estavam desnorteadas", recorda Maria José Nunes, uma das chefes do agrupamento, acrescentando: "Uns estavam descalços, outros de pijama, pessoas em pânico a gritarem sem saber da família." 

Com as comunicações cortadas, a povoação viu-se isolada naquele inferno. As informações que chegavam eram poucas e só se aperceberam da verdadeira dimensão da tragédia quando o dia nasceu. Um ano depois, as imagens continuam gravadas na mente de quem as viveu. "Não foi fácil estar aqui às três, quatro da manhã e ver tudo a arder", diz Ildalina Santos, também chefe dos escuteiros. "Pessoas a pedirem medicação, crianças a abraçarem-nos a pedirem ajuda, recebermos notícias que já havia pessoas mortas ... não foi fácil", lembra. "Tivemos um grande ensinamento para este ano", adianta Maria José Nunes. "Se algo de semelhante acontecer este ano, talvez as coisas corram um pouco melhor", remata.

Correio da Manhã

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