SMS dos fogos não funcionam em casos de emergência - VIDA DE BOMBEIRO

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domingo, 13 de maio de 2018

SMS dos fogos não funcionam em casos de emergência


Avisar as populações, usando as novas tecnologias, em caso de incêndios florestais. A ideia surgiu e o projeto está a fazer o seu caminho. Mas a investigação do Expresso permite concluir que o projeto ainda está longe de estar concluído. Na última semana, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou no Parlamento que a iniciativa arranca a partir de 1 de junho. Para o próximo fim de semana está previsto o primeiro teste.

O melhor é não contar com os alertas por SMS para salvar vidas em caso de incêndios florestais, pelo menos este ano. O sistema que será testado no simulacro da Proteção Civil no dia 19 de maio, em Cinfães, foi anunciado pelo primeiro-ministro, na última semana. No Parlamento, António Costa afirmou que estaria operacional a partir de 1 de junho, mas o sistema não parece satisfazer quem entende de telecomunicações.

Se, por um lado, dizem que é melhor ter alguma coisa este verão do que não ter nada, os especialistas contactados pelo Expresso reconhecem-lhe muitas fragilidades. Entre estas, a de que não será possível enviar SMS com menos de 24 horas de antecedência, falhando assim no envio de alertas com informações urgentes.

Outra fragilidade é não ter um alcance mais localizado, mas apenas distrital. Para avançar com um sistema mais sofisticado e com maior precisão geográfica é necessário mais tempo e investimento, explicam fontes ligadas aos operadores de telecomunicações. E isso só será possível em 2019, admitem os especialistas, até porque desenvolver esse sistema custa muitas horas de trabalho e exige equipas de engenheiros dedicadas, o que implica levantar a questão de “quem paga?”. O investimento feito até agora foi sobretudo em plataformas de comunicação, por onde circulará a informação.

Mas há outas limitações no sistema que avança em junho. Dado o grande volume de envio numa situação de catástrofe, os SMS não vão chegar em simultâneo, podem ser recebidos a horas diferentes, criando situações de confusão ; e nem é 100% garantido que cheguem a todos os destinatários.

O teste-piloto marcado para o próximo sábado vai permitir perceber as falhas existentes. “Os políticos quiseram, e bem, ter uma solução para apresentar este verão, mas perceberam que desenhá-la tecnicamente demora tempo. Avançou-se com este modelo. É melhor do que não existir nada. Vamos aprender todos muito. Depois é aperfeiçoar”, admite fonte conhecedora do processo.

Expresso

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