Penafidelense Luís Guimarães é Fundador do Movimento Salvar Mais Vidas - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Penafidelense Luís Guimarães é Fundador do Movimento Salvar Mais Vidas

O jovem médico penafidelense Luís Guimarães é fundador do Movimento Cívico Salvar Mais Vidas, um projeto a nível nacional que tem como grande missão a prevenção e combate à morte súbita cardíaca em Portugal.

Em declarações ao Penafiel Magazine, Luís Guimarães explicou a pertinência do surgimento deste movimento, e até os motivos especiais do seu envolvimento com esta ação cívica.

“Este movimento surge pela ação de um conjunto de pessoas mais sensibilizadas para com esta temática da morte súbita cardíaca em Portugal. No nosso país, e de acordo com informações do INEM e da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a taxa de sobrevivência da morte súbita cardíaca é de 3%. Tendo em conta que a média, na Europa, ronda os trinta por cento, estamos perante um indicador suficientemente preocupante ao ponto de mobilizar pessoas ligadas à Medicina e não só, no sentido de iniciar este movimento cívico. Uma particularidade do movimento é o facto de muitos dos seus elementos terem vivido de perto situações de paragem cardiorrespiratória, como foi o meu caso, com a minha mãe, que sofreu uma paragem em 2010, e que lhe deixou sequelas até hoje, apesar de ter sobrevivido. Justamente no ano passado, no dia de aniversário dessa paragem, 29 de novembro, decidi fazer um vídeo no Facebook, que foi partilhado pelo país inteiro, e mobilizou um conjunto de pessoas para tentar agir, na resolução deste problema, que é muito grave”, asseverou.

No âmbito da luta a travar em prol da melhoria de indicadores preocupantes, Luís Guimarães aponta a formação dos cidadãos para atuarem em casos de emergência, como um eixo fundamental na prossecução dos objetivos do movimento, que também descreve.

“Este movimento surge não apenas na sequência das minhas vivências pessoais, mas representa uma luta de há vários anos da minha parte, até intensificada por situações de morte por paragem cardíaca que aconteceram há poucos anos atrás, que vitimaram dois jovens no nosso concelho. São coisas que não podem acontecer, mas que se verificam, em muitos casos, porque as pessoas ao redor não sabem o que fazer numa situação destas em que, ainda para mais, o fator tempo é crítico. Por isso são propostas, no movimento, o ensino de Suporte Básico de Vida obrigatório por lei nas escolas, a formação nesta mesma área obrigatória em determinadas profissões, nomeadamente aquelas que apresentem uma forte vertente de relacionamento interpessoal, como os casos, por exemplo, de treinadores, personal-trainers ou professores, a promoção de campanhas de sensibilização para a prevenção e combate à morte súbita cardíaca, e a disponibilização de mais desfibrilhadores, para atuar em caso de emergência. Com este trabalho, pretendemos ter um país mais capacitado para responder a emergências médicas e situações de paragem cardiorrespiratória, e em que um terço da população saiba fazer suporte básico de vida e usar um desfibrilhador automático externo, que permita, como objetivo final, aumentar a taxa de sobrevivência da morte súbita cardíaca para trinta por cento, até 2030”, referiu.

O Movimento Cívico Salvar Mais Vidas, que tem no seu Conselho Consultivo o cardiologista e diretor da Faculdade de Medicina de Lisboa, Fausto Pinto, bem como os médicos Filipe Serralva, Luís Baquero, Nuno Bettencourt e Paulo Freitas, e é coordenado pela professora Susana Oliveira, o fisioterapeuta Gabriel Boavida, e o profissional de comunicação e relações públicas Paulo Marques, reúne o apoio de várias personalidades conhecidas a nível nacional, como Basílio Horta, Diogo Infante, Nilton, Pedro Laginha, Rita Salema ou Rui Veloso, entre outros.

Fonte: Penafiel Magazine

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