A necessidade de reforço da segurança no túnel do Marão, entre Amarante e Vila Real, continua a estar na ordem do dia. Cerca de um ano após o incêndio num autocarro dentro do maior túnel da Península Ibérica, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, aguarda com expectativa o "cumprimento escrupuloso" das conclusões do relatório pedido pelo Governo.
O autarca espera ainda que seja reaberto o Centro de Controlo de Tráfego, localizado junto à saída de Amarante, e que foi transferido para as instalações da Infraestruturas de Portugal, localizadas em Almada. Os ministérios das Infraestruturas e da Administração Interna solicitaram, com caráter de urgência, até 31 de março, a revisão do plano de emergência interna do túnel do Marão, do plano prévio de intervenção e a elaboração de um plano de prevenção.
O objetivo é melhorar a resposta operacional dentro da infraestrutura com cerca de seis quilómetros. O despacho, publicado a 8 de fevereiro, surgiu na sequência do inquérito ao incêndio num autocarro, em junho de 2017, que, apesar de não provocar feridos, levou ao encerramento do túnel e originou críticas à segurança.
O relatório aponta lacunas na resposta ao incêndio e revela um hiato temporal de 36 minutos entre o alerta e o início do combate, aconselhando uma revisão dos procedimentos para agilizar a chegada dos meios. Reforça ainda a necessidade da reabertura do centro de controlo de tráfego do túnel do Marão, sendo que o autarca disse ter a garantia do Governo de que isso aconteceria até ao final do mês passado - o que ainda não se verificou.
Correio da Manhã
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