Proteção Civil proíbe mecânicos russos de mexerem nos Kamov - VIDA DE BOMBEIRO

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quinta-feira, 29 de março de 2018

Proteção Civil proíbe mecânicos russos de mexerem nos Kamov


Os Kamov estavam a ser reparados por uma equipa russa sem autorização da Proteção Civil. Presidente da Everjets diz que prazo de entrega, fixado em 15 de maio, "é praticamente impossível de cumprir".

Numa ação inédita, a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) encerrou as instalações onde estavam guardados e a ser reparados os helicópteros pesados do Estado para socorro e combate aos incêndios, confirmou a entidade num comunicado enviado às redações.

Os Kamov foram selados porque estavam a ser reparados por uma equipa russa sem autorização da Proteção Civil, que admite reverter a decisão se receber esclarecimentos da empresa portuguesa que tem o contrato de manutenção dos helicópteros.

"Nós fomos surpreendidos ontem com esta decisão, no mínimo caricata e surpreendente, da Proteção Civil, que expulsou todos os nossos engenheiros, quer da Everjets, quer da Heliavionics, nossa subcontratada", começou por dizer à TVI24 Ricardo Dias, o presidente da Everjets. "Posso quase garantir que o dia 15 de maio é praticamente impossível de cumprir, porque a equipa russa da Kamov já foi embora."

Os polémicos Kamov do Estado, cuja manutenção está concessionada a uma empresa privada, estão todos parados há alguns meses e agora há um novo capítulo. Em comunicado enviado à TSF, a empresa que tem a concessão conta que os helicópteros que estavam a ser reparados para o início da campanha de combate aos fogos a 15 de maio tiveram hoje as instalações "encerradas e seladas", "expulsando-se dos hangares as equipas russas" que faziam os trabalhos.

Além de selar as instalações, a Proteção Civil, que em nome do Estado português é dona dos Kamov, argumenta, segundo a empresa Everjets, que esta ação se justifica pela falta de autorização para a empresa de manutenção russa movimentar equipamentos e peças nos helicópteros.

Para a empresa que faz estes trabalhos esta exigência é absurda e nunca foi pedida nos anos anteriores.

A Everjets adianta ainda que desta forma dificilmente irá conseguir cumprir o plano de manutenção e a prontidão dos Kamov "que fica seriamente comprometida".

Fonte: TSF

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