Bragança Apoia Bombeiros Voluntários com mais de 300 Mil Euros por Ano - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 6 de março de 2018

Bragança Apoia Bombeiros Voluntários com mais de 300 Mil Euros por Ano


Os bombeiros voluntários de Bragança têm um apoio anual da Câmara Municipal superior a 300 mil euros, a maior fatia em financiamento direto formalizado hoje na assinatura de protocolos com as duas associações humanitárias do concelho transmontano.

A corporação de Bragança recebe 175 mil euros e a de Izeda 50 mil através destes protocolos, aos quais acresce o pagamento por parte do município de seguros de viaturas e pessoal e das equipas de intervenção permanente, uma em cada associação, como enumerou o presidente da Câmara, Hernâni Dias.

O apoio anual municipal "andará na ordem dos 310, 315 mil euros", segundo o autarca, e é considerado "um contributo importante" por parte dos presidentes das associações humanitárias, nomeadamente para pagar despesas com salários.

A associação dos voluntários de Bragança tem encargos anuais, com os cerca de 40 bombeiros profissionais e outros tantos voluntários, que rondam os "2,2 milhões de euros" e, segundo o presidente Ruy Correia, "se não fosse este apoio era muito mais difícil" conseguir "suportar os encargos, principalmente com pessoal".

O resto das receitas dos bombeiros provém de transferências do Estado e principalmente do transporte de doentes, que é a fonte maior de receita dos bombeiros da região e concretamente do concelho de Bragança, com mais de 35 mil habitantes.

"Toda a gente associa muito os bombeiros aos incêndios, mas de facto é oito a dez por cento da nossa atividade", realçou Ruy Correia, indicando que o transporte de doentes é a principal atividade da corporação de Bragança que acorre a solicitações desde a neve, a inundações ou limpeza de estradas.

A associação acabou de adquirir uma nova viatura "topo de gama" de combate a incêndios florestais que custou 204 mil euros, com comparticipação de fundos comunitários e que vai permitir aos bombeiros apagar pequenos incêndios sem sequer saírem do veículo que tem à frente um canhão de água dirigido dentro da cabine, como explicou.

A principal preocupação do presidente da associação humanitária de Izeda, João Lima, continua a ser os atrasos nos pagamentos do Estado e a escassez de verbas transferidas para aquela corporação da única vila do concelho de Bragança.

A ajuda da Câmara "assegura a existência da corporação" com um orçamento anual de 550 mil euros, que conta sobretudo com as receitas do transporte de doentes.

O problema, segundo disse, é que o Estado "demora a pagar quatro, cinco meses", o que obriga a que a associação atrase pagamentos a fornecedores, nomeadamente de combustível e manutenção de viaturas.

João Lima queixa-se também das transferências anuais do Estado que são de "2.992 euros" para uma associação com apenas um equipa profissional entre os cerca de 30 voluntários, e que paga só de Segurança Social mais de três mil euros e paga 3.047 por ano.

"Devia ser o dobro ou o triplo", referiu o presidente da associação de Izeda, lembrando que se trata de um problema que se arrasta há cerca de uma década, desde que as corporações de bombeiros deixaram de receber diretamente as verbas do Estado e as transferências passaram a ser feitas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

O presidente da Câmara, Hernâni Dias, defendeu que "o município de Bragança será um exemplo a nível nacional no que ao apoio aos bombeiros voluntários diz respeito".

"Há um número muito reduzido de municípios que apoiam os bombeiros voluntários como faz o de Bragança", vincou.

Fonte: Noticias ao Minuto

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