Anestesistas reanimam recém-nascido por falta de pediatras em Portimão - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 20 de março de 2018

Anestesistas reanimam recém-nascido por falta de pediatras em Portimão


A denúncia foi feita por Cristovão Norte, deputado do PSD nas redes sociais. Ao DN, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve refere "a criança foi devidamente assistida" e tanto ela como a mãe "encontram-se bem"

No Hospital de Portimão, um recém-nascido teve de ser reanimado por médicos anestesistas no passado sábado. A denúncia foi feita por Cristovão Norte, deputado do PSD, na sua página de Facebook.

Ao Diário de Notícias, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve refere que "a criança foi devidamente assistida por uma equipa de anestesistas altamente qualificada e assessorada pela Diretora do Departamento da Criança, Adolescente e Família do CHUAlgarve". "A mãe e o bebé encontram-se bem", assegura.

O episódio foi relatado pelo deputado, que considerou "grave e irresponsável" o facto de não estarem "assegurados pediatras na unidade de Portimão". "Tiveram lugar dois partos sem pediatra, num dos casos com graves complicações, as quais levaram a que o recém-nascido tivesse que ser reanimado. Essa operação teria que ser realizada por um pediatra e, em desespero, teve que ser conduzida por um médico de outra especialidade", descreve na rede social.

Na nota enviada à nossa redação, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve afirma que a "carência de profissionais ao nível da especialidade de Pediatria no CHUAlgarve é reconhecida".

"No entanto, o Conselho de Administração e a equipa do Departamento da Criança, Adolescente e Família têm trabalhado com empenho para garantir todas as escalas o que, graças à disponibilidade de toda a equipa de Pediatria, tem acontecido", assegura o CHUAlgarve.

"Salienta-se que nos últimos 6 meses, em resultado do esforço desenvolvido, tem havido uma cobertura de 100% nas escalas de pediatria. O ocorrido no dia 17 tratou-se de uma situação excecional e imprevisível", afirma o centro hospitalar.

Perante a situação que denuncia no Facebook, o deputado defende que o "Governo tem que agir tomando as medidas adequadas, designadamente prover a unidade dos médicos necessários e, até que o consiga assegurar, não permitir a realização de partos sem que estejam cumpridas as regras mínimas de segurança". Nesse sentido, revela que vai apresentar um requerimento ao ministro da Saúde para que a situação não se repita.

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve explica que "num contexto de exceção, como o que aconteceu no dia 17, que por uma situação imprevisível não houve pediatra, as grávidas em trabalho de parto são encaminhadas para a outra maternidade da instituição - em Faro".

Tal não se verificou no sábado e o centro hospitalar explica a razão. "No entanto, em alguns casos mais emergentes, designadamente em situações de parto iminente, por questões de segurança para a mulher e para o bebé, não se equaciona a transferência das utentes para a Unidade de Faro, garantindo esta unidade os recursos necessários para a realização do parto".

Ainda na publicação que fez na rede social, Cristovão Norte recorda que esta não é a primeira denúncia que faz sobre a falta de médicos. "Relembro ainda que, em nome do PSD, já tinha denunciado em julho passado ao Ministro da Saúde esta situação, o qual respondeu que o Algarve estava incluído nas zonas periféricas para efeito da contratação de médicos. A maternidade esteve encerrada três dias no princípio de 2017 por falta de pediatras. Os alertas têm que mudar as coisas. Não se pode fechar os olhos", defende o social-democrata.

Fonte: DN

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