17 Anos depois da Tragédia de Entre-os-Rios, ainda Há Uma Promessa por Cumprir - VIDA DE BOMBEIRO

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segunda-feira, 5 de março de 2018

17 Anos depois da Tragédia de Entre-os-Rios, ainda Há Uma Promessa por Cumprir


Queda da ponte de Entre-os-Rios foi há 17 anos, mas construção do IC 35 não passa do papel.

Eram 21.10 horas, um domingo. Apesar do mau tempo, ninguém esperava a notícia que haveria de marcar uma comunidade, um país. Uma ponte caíra. A Hintze Ribeiro, que ligava Entre-os-Rios, em Penafiel, a Castelo de Paiva. E arrastava para as águas do rio Douro 59 pessoas, das quais 53 regressavam, num autocarro, de uma viagem às amendoeiras em flor, em Foz Côa. Faz hoje 17 anos.

A tragédia chocou o Mundo e obrigou governantes a prometerem tudo a um concelho até ali abandonado pelos poderes públicos. E, de facto, muitas obras foram concretizadas. "De um pacote de 100 milhões de euros para Castelo de Paiva, Cinfães e Penafiel, foram investidos cerca de 90 milhões ao longo destes 17 anos", refere Paulo Teixeira, o autarca de Castelo de Paiva em 2001.

Ficou, contudo, por concretizar a obra que poderia tornar o município economicamente competitivo e permitir viagens mais seguras: o IC 35. A estrada de 14 quilómetros, para ligar Penafiel a uma das duas pontes levantadas após a tragédia, foi garantida por Guterres, aprovada pela Assembleia da República e prometida por todos os governos. "Dezassete anos depois, é triste o que está a acontecer. Será que vamos ter de ver morrer mais pessoas na EN 106 para que se avance com a obra?", pergunta Paulo Teixeira. O ex-autarca defende que "a não construção do IC 35 é da responsabilidade dos partidos que nos governam desde 2000" e não acredita que, na sua geração, seja possível executar uma promessa sempre adiada. Gonçalo Rocha, sucessor, alega que "a culpa terá de ser atribuída a quem tem tomado decisões ao longo dos anos, adiando uma obra fundamental para o concelho". Mas acredita na "vontade do atual Governo e no empenhamento do ministro do Planeamento".

Em Penafiel, o otimismo é menor. "A Câmara tem dificuldades em acreditar nas boas intenções do Governo. Se estivesse realmente interessado em resolver a situação, teria dado continuidade aos procedimentos do concurso lançado pelo anterior Governo para a construção do primeiro lanço do IC35, entre Penafiel e Rans, e que poderia estar já concluído", critica Antonino de Sousa.

Já para o autarca de Cinfães, Armando Mourisco, "é inequívoco o atraso que tem provocado no desenvolvimento de um território que apresenta os indicadores de desenvolvimento mais frágeis do país". E destaca "os transtornos causados na mobilidade, quer interna quer nas trocas comerciais externas, associadas aos inúmeros acidentes e vítimas que há muito justificavam a obra".

Fonte: JN

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