Direção dos Bombeiros de Vila do Conde nega ter recebido pedidos para passagem à reserva - VIDA DE BOMBEIRO

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terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Direção dos Bombeiros de Vila do Conde nega ter recebido pedidos para passagem à reserva


A Direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde garantiu hoje que não recebeu "sequer um requerimento" de voluntários da corporação a pedirem a passagem ao quadro de reserva.

A Direção da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde garantiu hoje que não recebeu "sequer um requerimento" de voluntários da corporação a pedirem a passagem ao quadro de reserva.

O órgão diretivo dos bombeiros vila-condenses reagiu esta noite, em comunicado, à alegada intenção de mais de 50 elementos voluntários passarem quadro de reserva, por, alegadamente, se sentirem insatisfeitos.

A Direção disse estranhar as acusações de existência de um "clima de hostilidade e instabilidade" na corporação, reiterando que sobre o tema, consultou o comandante, Joaquim Moreira, e que este não "identificou um sequer requerimento".

"A esta direção não foi comunicado qualquer requerimento por parte dos bombeiros, pretensamente insatisfeitos", aponta o comunicado, considerando que os fundamentos que, alegadamente terão sido evocados, não têm cabimento jurídico, e que podem até ser alvo de "processo disciplinar".

Os elementos diretivos recordaram, ainda, que a autoridade sobre o contingente de voluntários não é exercida pela direção, mas sim pelo comandante da corporação.

"Os bombeiros profissionais, ou assalariados, estão na dependência direta e imediata da Direção da corporação, que sobre os mesmos detém o seu poder de autoridade e disciplina, os bombeiros voluntários estão na dependência do Comandante da corporação, que sobre os mesmos exerce o seu poder de autoridade e disciplina", pode ler-se no comunicado.

Estranha, por isso, a direção ser causadora um "clima de hostilidade e instabilidade", apesar de reconhecer que tomou medidas de "rigor económico-financeiro" na gestão da associação.

"Esta direção, após a sua tomada de posse [em março de 2017], preocupou-se por cuidar do equilíbrio económico-financeiro da corporação, que na altura se apresentava com níveis deficitários, e teve de implementar uma política de rigor que possivelmente não foi do agrado de certas pessoas, mas atingiu os objetivos desejados: a saúde financeira", apontou o corpo diretivo.

Os elementos da direção, chefiada por Emília Furtado, considerou que apesar das críticas que têm sido feitas à sua gestão, por parte de um grupo de bombeiros voluntários, "não há sequer um facto suscetível de identificar qualquer violação dos deveres da gestão praticada".

No mesmo comunicado, os elementos da direção da Associação dos Bombeiros de Vila do Conde garantiram que enquanto se mantiveram em funções "tudo farão para que os interesses da população não sejam postos em causa e sejam devidamente salvaguardadas", lamentando "o comportamento dos 'amigos da reserva'".

"Enquanto uns se preocupam com pela salvaguarda dos interesses da população e da estabilidade da corporação, com é o caso da direção, outros, que nem ratos, fogem em todas as direções sem cuidar, minimamente, pelos valores em causa", pode ler-se no comunicado assinado.

Mais de 50 voluntários dos Bombeiros de Vila do Conde terão pedido a passagem ao quadro de reserva devido a um alegado "clima de hostilidade" promovido pela direção, considerando que a prestação de socorro está assim "posta em causa".

Em declarações à Lusa, o associado e bombeiro da corporação de voluntários Vila do Conde José Eduardo Pedrosa afirmou, domingo, que o pedido de passagem ao quadro de reserva de mais de meia centena de bombeiros, que assim "deixam de prestar socorro", "aconteceu na sexta-feira".

A decisão "tem a ver com o clima de crispação que tem existido" na corporação e que "vem desde que os atuais órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde tomaram posse.

Lusa

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