A Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra (CBS) volta a estar na ordem do dia, devido a escassez de meios humanos e técnicos, e o comandante sente-se no «meio de dois fogos».
Associação e Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais invocam uma situação calamitosa.
Paulo Palrilha assiste, impotente, a omissões da Câmara Municipal de Coimbra, alegando que lhe cabe responder pelas “questões operacionais”.
As duas entidades acabam de aludir a situações inadmissíveis, associadas a recentes incêndios urbanos, em que se verificou falta de bombeiros para prestar socorro em edifícios altos. Acresce que a única viatura ligeira de combate a incêndios urbanos está inoperacional, aspecto a que se junta a bomba do veículo de desencarceramento e uma ambulância de emergência, ambas avariadas.
Também “equipamentos essenciais para funcionamento diário”, como aparelhos respiratórios, estão “avariados e não é feita a sua substituição”, bem como equipamentos de protecção individual, que se encontram “completamente degradados e fora de validade, colocando em causa a segurança dos bombeiros”, acentuam a ANBP e o SNBP.
A formação, “muito deficitária”, e a falta de novos elementos, que põe em causa alguns turnos operacionais, são outros dos problemas apontados à Companhia de Bombeiros Sapadores.
A Associação e o Sindicato admitem que têm vindo a reunir-se com a Câmara Municipal e com o comando da CBS a fim de alertar para “problemas a requerer resolução rápida”.
Ao “Campeão”, o comandante Paulo Palrilha disse que as questões trazidas a público através de um comunicado da ANBP/SNBP não são da sua competência, cabendo aos superiores hierárquicos dele.
O responsável salienta, no entanto, que estas informações surgem “depois de uma reunião operacional em que um dos elementos não teve um comportamento exemplar e foi convidado a sair”.
Fontes da CBS auscultadas pelo “Campeão” encaram como eufemismo as palavras de Paulo Palrilha, fazendo notar que Jorge Humberto Rosado, com funções de chefe de intervenção, foi «enxovalhado» pelo comandante.
“O recrutamento não depende de mim e as viaturas também não são da minha responsabilidade”, sublinha Paulo Palrilha, que reconhece falta de meios técnicos e humanos, embora afirme que a CBS “nunca falhou no socorro”.
O comandante garante, contudo, estar na fase final o concurso para admissão de 22 bombeiros e que, nos últimos três meses, perto de uma centena fizeram formação.
“O comandante tem de ter lealdade para com os seus homens e para com a hierarquia”, conclui Paulo Palrilha, adiantando que “os problemas estão a ser tratados”.
Fonte: http://campeaoprovincias.pt/
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