Dois cães ficaram presos na galeria de uma mina, situada na Sobreira, Paredes, durante cinco dias, até terem sido resgatados pela Equipa Cinotécnica dos Bombeiros de Valongo.
Luís Tavares e Pedro Baptista, ambos voluntários nesta unidade especializada no salvamento de pessoas e animais, envolveram-se numa operação que se alongou por cinco horas e que obrigou à retirada de terra num local muito instável e onde havia o perigo de ocorrer nova derrocada. No final, bombeiros e cães saíram da mina sãos e salvos.
Foi já na quinta-feira da semana passada que dois cães de caça perseguiram um coelho até à mina, existente nos montes do lugar de Quinta, na Sobreira. Ao tentarem apanhar o animal, no interior de uma galeria com cerca de 600 metros de comprimento, acabaram por ficar presos, depois de uma pequena derrocada ter tapado a saída do túnel.
Durante cinco dias, o dono dos canídeos andou à procura dos companheiros e só os latidos dos animais permitiram localizá-los. Nessa altura, foram chamados os Bombeiros de Cête, mas, perante o cenário encontrado, resolveram acionar a Equipa Cinotécnica dos Bombeiros de Valongo, especializada neste tipo de situações.
Quando chegaram ao local, os operacionais Luís Tavares, 21 anos e desempregado, e Pedro Baptista, operador de processo químico de 39 anos, verificaram a qualidade do ar e a estabilidade da mina antes de percorrem os cerca de 600 metros da galeria e retirarem, "com cuidado", a terra que impedia a saída dos cães. Ao fim de cinco horas de trabalho, que os obrigou a rastejar por pequenos orifícios, os dois voluntários conseguiram resgatar os animais e devolvê-los ao dono.
A Equipa Cinotécnica dos Bombeiros de Valongo foi criada há dois anos e já salvou mais de 15 animais. Porém, confessam Luís Tavares e Pedro Baptista, nunca um resgate foi tão difícil como este.
Fonte: JN
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