O presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, defendeu ontem total autonomia financeira para as associações de bombeiros que “parece sempre que estão a pedir um favor à Câmara” para quem se torna difícil atender a todas as solicitações.
O presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, defendeu ontem total autonomia financeira para as associações de bombeiros que “parece sempre que estão a pedir um favor à Câmara” para quem se torna difícil atender a todas as solicitações.
O edil esposendense falava na sessão solene do 127.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Esposende onde garantiu que “a Câmara não vai voltar as costas aos bombeiros”.
Benjamim Pereira admitiu: “era mais fácil (do ponto de vista do financiamento) se tivéssemos só uma corporação de bombeiros no concelho” mas mostrou-se sensível à história e ao percurso das duas associações de bombeiros.
O autarca promete continuar “a tentar ajudar” mas admite que “as coisas possam complicar-se no futuro”.
Benjamim Pereira aludiu também à incerteza em torno da Protecção Civil, depois do momento difícil vivido com as tragédias de 2017, mas apontou que “é um erro tremendo e uma injustiça” avançar com mudanças “sem uma discussão séria, sem maturação, impondo um conjunto de regras que, porventura, não vão funcionar”.
O edil de Esposende antevê a transferência de competências para os municípios, mas sem envelope financeiro, replicando uma “tentação do Estado e da Administração Central” quando se “deveria trabalhar a médio prazo”.
Benjamim Pereira defende que tem que haver leis que permitam aos municípios agir no terreno e que tem que haver dinheiro.
O edil respondeu de forma positiva, a um dos apelos dos Bombeiros Voluntários de Esposende endossando-lhes a responsabilidade da formação necessária à esfera municipal e das associações e que pode constituir para a corporação uma fonte de receita.
O autarca ouviu pedidos de ajuda de uma corporação que nem sempre consegue uma resposta imediata às situações, devido à falta de meios humanos, e para as tão ansiadas e necessárias obras no quartel, que precisa de adaptar-se ao efectivo feminino.
O presidente da direcção, Fernando Ferreira, apelou ao presidente da Câmara que ajude a instituição a ultrapassar as dificuldades e que não permita que se espere por uma catástrofe, lembrando que “qualquer apoio à associação e ao seu corpo de bombeiros é um investimento directo no bem estar-estar de todos os municípes”.
Fonte: Correio do Minho
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