O novo presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), general Mourato Nunes, afirmou que aumentar a eficácia daquela estrutura no combate aos incêndios não pode estar unicamente associada a "mais meios".
Mourato Nunes prestou estas declarações, esta quinta-feira, durante a tomada de posse no Ministério da Administração Interna, cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Numa intervenção cheia de avisos a preceder a "grande reforma" da estrutura de combate aos incêndios, o antigo comandante da GNR salientou que melhorar a ANPC "não pode ser só mais meios".
Embora a mudança na Proteção Civil não signifique "que tudo esteja mal", Mourato Nunes salientou que é necessário fazer um levantamento dos meios existentes no país e que estes possam ser empenhados, criticando também os "corporativismos", embora sem esclarecer o real sentido da expressão. "Mais do que a duplicação é preciso saber usar os meios existentes", disse.
Questão particularmente importante parece ter sido o facto de Mourato Nunes ter salientado a necessidade de "adesão de unidade de comando", mas "por todos os agentes envolvidos" na Proteção Civil. Embora a expressão pareça estar associada à condição de militar de Mourato Nunes, houve várias críticas públicas durante o Verão à forma como foi coordenado o combate aos fogos.
Tal como o ministro Eduardo Cabrita salientou, Mourato Nunes tem até março para apresentar a proposta para uma lei orgânica para a ANPC. Será neste âmbito que deverá surgir uma carreira própria para os quadros da ANPC, a reestruturação da Escola Nacional de Bombeiros e um acréscimo da profissionalização.
Fonte: JN
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