A Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal lança hoje um calendário cuja receita vai beneficiar a Associação Amigos dos Queimados, IPSS em Coimbra que presta auxílio a vítimas de incêndios.
O calendário tem um preço de cinco euros e está à venda nas instalações da corporação e página do Facebook do calendário. "São cinco mil calendários disponíveis por agora, mas esperamos uma grande procura e estamos preparados para fazer mais", refere José Guilherme.
O bombeiro sapador setubalense montou a iniciativa, que conta com o apoio logístico da autarquia, com os colegas Tiago Silva e Tiago Belchior. O trabalho começou há vários meses, tendo os bombeiros promovido uma série de castings e sessões fotográficas com os colegas da companhia. Ao contrário dos anteriores calendários dos sapadores, que beneficiaram instituições de apoio a crianças, desta vez os bombeiros escolheram uma que ajuda as vítimas dos incêndios após a sua alta. "Há um grande trabalho por parte da Associação Amigos dos Queimados, tanto a nível psicológico como de tratamento de feridas e mazelas para com as vítimas e por isso achámos que seria a melhor instituição a apoiar", conclui José Guilherme.
A verba será assim canalizada para o pagamento de material compressivo doado pela IPSS às cerca de cem vítimas de incêndios que apoia, mas também para suportar custos dos campos de férias realizados com os mais novos e termas de Monfortinho para os adultos. "Temos um acordo com uma empresa alemã que produz fatos compressivos para crianças e para os adquirir, precisamos de verbas", afirma, a título de exemplo, Celso Cruzeiro, presidente da IPSS com sede em Coimbra e delegação em Lisboa cuja receita provem das quotas dos 400 associados, angariações de fundos e apoios de empresas.
"Há um longo caminho a percorrer após a alta hospitalar no regresso ao quotidiano, tanto a nível de tratamento das mazelas como a nível psicológico e legal, nomeadamente no regresso ao trabalho e é aí que a IPSS entra", explica Celso Cruzeiro que até hoje ainda não apoia vítimas dos incêndios mais recentes do norte e centro do país por ainda se encontrarem nos hospitais.
Fonte: JN
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