O primeiro-ministro, António Costa, confirmou a morte de uma pessoa no hospital, elvando para 37 as vítimas do incêndio de domingo. Seis dos desaparecidos foram localizadas com vida.
O primeiro-ministro, António Costa, confirmou, esta terça-feira, que uma pessoa hospitalizada não resistiu aos ferimentos, elevando para 37 o número de vítimas dos incêndios de domingo.
António Costa deslocou-se esta manhã à Unidade de Queimados de Celas dos Hospitais Universitários de Coimbra, onde se encontram alguns dos feridos dos incêndios de domingo. Segundo o primeiro-ministro, há ainda 52 pessoas internadas em hospitais do país.
A adjunta de operações da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar, especificou que a 37.ª vítima mortal estava internada no hospital de Coimbra e não resistiu aos ferimentos.
De acordo com Patrícia Gaspar, os incêndios causaram 70 feridos, 55 leves e 15 graves - agora 14, após a morte de uma pessoa em Coimbra. No "briefing" desta quarta-feira, a adjunta de operações da ANPC revelou que já foram detidas 152 pessoas (51 pela GNR e 101 pela PSP) por suspeita de causar incêndios; são mais 30 detenções do que em 2016.
Além das detenções, disse Patrícia Gaspar, sobem o número de pessoas fiscalizadas. "Só no distrito de Braga foram autuadas 60 pessoas por estarem a fazer queimadas de sobrantes agrícolas", explicou.
Apesar da chegada da chuva, que ajudou os bombeiros a amansar os incêndios, Patrícia Gaspar diz que o "alerta vermelho" se mantém até às 20 horas desta terça-feira. Segundo a adjunta da ANPC, registaram-se 24 ocorrências desde a meia-noite, estando apenas dois fogos ativos, de pequena dimensão, às 12 horas.
Das sete pessoas dadas como desaparecidas, seis foram localizadas com vida. Na maioria dos casos, estavam sem cobertura de rede telefónica, pelo que os familiares lançaram o alerta. De momento há apenas uma pessoas desaparecida, na zona de Coimbra.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo - o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades - provocaram pelo menos 37 mortos, um desaparecido, e cerca de 70 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
Fonte: JN
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