Portugal Continental tem todos os distritos em alerta laranja para o perigo de incêndios, até às 20h00 de amanhã, face à previsão de temperaturas elevadas, mas o dispositivo não vai receber reforço de combatentes, apenas de militares para ações de vigilância e dissuasão junto aos locais mais críticos. Estão no terreno os mesmos meios humanos que existiam a 10 de outubro, ainda antes dos trágicos fogos que mataram 45 pessoas nos dia 15 e 16 - cujas identidades foram ontem divulgadas pela Proteção Civil.
"Dadas as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera [temperaturas até 35 ºC, tempo seco, índices muitos baixos de humidade relativa e vento forte] decidimos pré-posicionar meios de prevenção e combate nas zonas consideradas de maior risco", explicou ao CM Patrícia Gaspar, adjunta de operações da Autoridade Nacional da Proteção Civil.
Esse dispositivo já conta com a totalidade dos 17 meios aéreos contratados por 1,4 milhões de euros para o período de 23 a 31 de outubro. O facto de o alerta estar no nível laranja (o segundo mais grave) implica ainda "um aumento na prontidão da capacidade de resposta de todos os agentes do dispositivo de combate aos incêndios florestais". A Proteção Civil diz que os fogos que surgirem podem "evoluir com grande rapidez de propagação e enorme dimensão", tal como aconteceu nos dias 15 e 16 e também a 17 de junho em Pedrógão Grande (fogo que fez pelo menos 64 mortos).
Os incêndios já mataram este ano 114 pessoas, tendo sido batidos todos os recordes de área ardida, que na última estimativa da Comissão Europeia atingia os 560 mil hectares de floresta e mato. Hoje, grande parte do País está em risco máximo ou muito elevado de incêndios florestais. As condições pioram no sábado.
Fonte: Correio da Manhã
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